Advogado Paulo Taques, afirmou que irá pedir habeas corpus para sua soltura de Gláucia somente após a conclusão do inquérito
A escrivã, Gláucia Gasquesz, esposa do delegado João Bosco, irá continuar presa no mínimo até o final desta semana. A policial está detida na Polinter desde o dia 27 de junho e foi acusada de se associar a um grupo criminoso que fornecia pasta-base de cocaína em “bocas-de-fumo” de Mato Grosso. Já Bosco, que também foi preso, sob a mesma acusação, obteve a liberdade por meio de um Habeas Corpus deferido pela Justiça na terça-feira (02).
Em entrevista ao RepórterMT, o advogado do casal, Paulo Taques, afirmou que irá entrar com o pedido de HC para a soltura de Gláucia somente após a conclusão do inquérito. “Estou aguardando a conclusão do inquérito para pedir o HC da escrivã. Provavelmente até o final da semana a gente entra com o pedido de soltura dela na Justiça”, disse Taques.
A soltura de Gláucia pode estar mais complicada, devido uma gravação divulgada por um telejornal da TV Centro América (TVCA). No áudio, a vóz que seria da escrivã aparece negociando a liberação de um traficante da quadrilha investigada, com um dos chefes do grupo, identificado como Marco Antônio da Silva. Ela aceitaria a quantia de R$ 12 mil, oferecida pelo acusado para liberar o criminoso.
Bosco e Gláucia responderão pela suposta prática de crimes de associação ao tráfico de drogas e corrupção passiva.
Segundo o diretor da Corregedoria da Polícia Civil, Luís Fernando da Costa, assim que a operação estiver finalizada será aberto um processo administrativo para apurar a participação dos policiais no esquema criminoso. “Se for comprovada a participação no esquema, eles podem ser exonerados dos cargos, no entanto, primeiro a corregedoria da Polícia Civil tem que abrir o processo administrativo para depois ter o resultado. O processo é amplo e permite a defesa e o contraditório dos policiais”, disse.
O casal foi preso na operação Abadom, desencadeada pela Polícia Civil. A investigação começou em dezembro de 2012 após prisão de uma pessoa com seis quilos de cocaína na rodoviária de Várzea Grande.
Segundo a titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Alana Cardoso, outros policiais estão envolvidos no esquema criminoso, no entanto, suas identidades não podem ser relevadas para não atrapalhar as investigações.





