Dilmar diz que ordem para segui-lo partiu da deputada Luciane Bezerra

Por: Cícero Henrique


Foto de Caldeirão Político
Caldeirão Político entrevistou o deputado Dilmar Dal Bosco na manhã de hoje, 8. Com a mão ferida e visivelmente abalado, o deputado contou em detalhes o episódio que viveu em Juara na madrugada de sábado, véspera da eleição municipal.
Além do já anteriormente noticiado pelo Caldeirão Político, o deputado deixou claro que foi seguido por uma caminhonete SW-4 branca, onde estava um grupo de mulheres, dentre elas a deputada Luciane Bezerra. Dilmar conta que chegou a descer do carro para cumprimenta-las amigavelmente e depois seguiu em frente. Em seguida viu numa rua um carro da polícia com a sirene ligada e foram em direção a ele, que se afastou. Chegando numa avenida avistou o carro do Edson Piovesan, encostado nele o carro do candidato a vice-prefeito Maurinho do Som. Dilmar parou para falar com eles e viu do outro lado da avenida o veículo em que estava a deputada Luciane Bezerra com os faróis apagados.
 
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A ORDEM
Quando seguiram em frente, Dilmar, que estava acompanhado por Bil, que dirigia, conta que foi seguido pelo veículo dela com os faróis sempre apagados. Ele parou o carro e ela emparelhou, baixou o vidro enquanto favala ao celular. Em seguida chegou o pai dela numa Hilux branca. Foi então que a parlamentar disse ao pai:"Tem que seguir esse carro aqui, dentro dele está o deputado Dilmar Dal Bosco". 
 
Atrás do carro de Dilmar encostou um Corola cinza, com farol alto, seguindo-o. Foi então que o deputado Dilmar, assustado, decidiu deixar o carro e entrar numa casa onde alguns jovens conversavam. Pediu para Bil dar uma volta e depois buscá-lo. Dois minutos depois Bil voltou seguido pela viatura da Polícia. O capitão Murilo Franco disse que havia vistoriado o carro do deputado por conta de uma denúncia de que ele estaria armado, mas nada encontrara. Dilmar insistiu em saber quem havia feito a falsa denúncia para que fizesse uma representação de calúnia, entendendo que estava correndo "risco de vida" (sic). 
 
Segundo relato do deputado,  o Capitão Franco foi verificar a origem do chamado e ele (Dilmar) aguardou por cerca de 25 minutos e decidiu ir embora. Pouco depois encontrou novamente a viatura da Polícia Militar com o Capitão Franco. Parou para falar com ele, que estava passando a informação sobre o autor da denúncia, Fernando Zoia, irmão da deputada Luciane (o deputado citou como sendo irmão de Oscar).
 
O parlamentar diz não entender como Oscar chegou tão rápido ao local, sabendo onde ele estava. O ex-prefeito chegou freando a SW-4 bem perto da viatura policial e do Strada do parlamentar. Desceu do carro e já desferiu um golpe com a borduna. Num gesto reflexo de defesa, Dilmar colocou a mão na frente. Oscar esbravejava "Agora você vai ver quem manda em Juara!".
 
O Capitão Franco conteve Oscar com dificuldade e o segurança deste partiu para cima do deputado, mas não conseguiu acertá-lo. Devido ao impedimento de prisão por causa da lei eleitoral, Oscar Bezerra foi conduzido ao Batalhão da Polícia Militar, onde foi lavrada a ocorrência. Dilmar registrou queixa de agressão e pediu para ser levado ao Hospital, onde chegou hipertenso, com 260 x 120, segundo laudo médico. Ele também teve um osso da mão trincado e está usando uma tala.
 
Dilmar diz ter estranhado que a imprensa local pode fotografa-lo livremente, mas o Capitão Franco não permitiu que fotografassem Oscar Bezerra.
 
Dal Bosco se reúne hoje com assessores e advogados para tomar as providências necessárias. Ele nega que tenha costume de exibir arma e afirma que jamais teve uma.
 
O que mais abalou o parlamentar foi a ameaça contra sua família.
 
Caldeirão Político está à disposição para publicar a versão de Oscar Bezerra e de sua esposa a deputada Luciane Bezerra, ambos do PSB. A reportagem não conseguiu contato com eles até este momento.