Vereadores Waldir e Wanderley disputam presidência da Câmara

Valérya Próspero e Glaucia Colognesi

Wanderley Cerqueira e Waldir se articulam pela Mesa Diretora

   A eleição para Mesa Diretora de Várzea Grande tende a colocar o vereador mais votado e aliado do prefeito eleito Walace Guimarães (PMDB), Waldir Bento da Costa, o doutor Waldir (PMDB), na presidência. O peemedebista já contaria com o voto de 13 parlamentares, mas trabalha para conseguir unanimidade. Para tanto, vai ter que convencer o provável adversário ao cargo Wanderley Cerqueira (PSD) a desistir.

  Waldir afirma que ainda não conversou com o social-democrata sobre o assunto, mas deve fazê-lo nos próximos dias, já que idealiza chapa única. “Nossa missão é buscar melhorias para Várzea Grande junto com Walace”, propõe. Diante da instabilidade política que a cidade tem vivido nos últimos 8 anos, o posto de presidente da Câmara ganhou importância. Com isso, Walace deve buscar manter aliados na função.

  Wanderley, por sua vez, está confiante de que vai vencer a disputa interna. “Vamos ver no dia da eleição, né? Vamos esperar o dia da eleição”, salienta, referindo-se a possível vitória de Waldir. O curioso é que Wanderley faria parte da oposição à Walace, mas, em seu discurso, garante que vai trabalhar ao lado do prefeito eleito.

  Questionado sobre a possível subserviência ao Executivo que a falta de oposição pode acarretar, o parlamentar garante que vai caminhar junto naquilo que for certo. “A Câmara vai trabalhar junto para poder cobrar dos Governos Estadual e Federal para tentar trazer melhorias para Várzea Grande”, explica. Segundo ele, os recursos existentes no município são insuficientes para desenvolver a cidade. Ele busca também apoio dos parlamentares da Assembleia e do Congresso.

  Vereador reeleito, Wanderley acredita que o Legislativo fez sua parte durante as gestões tanto de Murilo Domingos (PR) quanto de Tião da Zaeli (PSD). “Tudo que aconteceu em Várzea Grande na gestão Murilo e Tião, a Câmara foi parceira”. Para ele, se não deu certo foi devido problemas pessoais dos gestores. “Mas tudo que a prefeitura precisava a Câmara atendeu e sempre apoiou”, relata.

  Na próxima legislatura, os vereadores terão salários maiores e duodécimo pouco mais recheado. Segundo o atual presidente da Câmara, Domingo Sávio Metelo (PTB), vão passar a receber R$ 10,6 mil, valor bem maior que os R$ 6,5 mil atuais. Com o aumento de vereadores de 13 para 21, e a reduzida elevação duodécimo, que, conforme ele, irá de R$ 829 mil para R$ 900 mil, o próximo presidente tende a ter problemas financeiros e corte de gastos.