Enquanto em Campina Grande, cidade referência como polo tecnológico, a proposta do candidato a prefeito Romero Rodrigues (PSDB) de adoção de tablets por alunos da rede pública de ensino é alvo de críticas dos adversários, em várias partes do país a iniciativa já vem sendo uma realidade que se mostra viável e não se constitui em "nada do outro mundo" na vida de estudantes. Há o exemplo do município de Agrestina, em Pernambuco, e também um caso de sucesso como o de Cuiabá, capital de Mato Grosso.
A rede de ensino público de Cuiabá receberá mais de R$ 10 milhões em investimentos na modernização do ensino fundamental até 2013. Com o projeto “Tablet: o mundo em suas mãos” a Prefeitura da capital do Mato Grosso adquiriu 22 mil tablets, que serão utilizados por até duas horas no ambiente escolar e poderão ser levados para casa para a continuidade do aprendizado.
A novidade não é uma exclusividade de Cuiabá, mas uma tendência nacional, tanto que para comprar os computadores móveis, a prefeitura participou do pregão de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Por meio dele, foi possível adquirir cada tablet (computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, do tamanho de um livro) por R$ 462, valor este muito inferior ao praticado no mercado.
Embora 22 mil tablets tenham sido comprados, neste ano somente 5,4 mil deles serão liberados para a utilização dos alunos. O restante estará disponível somente no ano que vem e a intenção é equipar todas as escolas da rede municipal de educação.
Além dos computadores móveis, toda a rede municipal de ensino também será equipada com lousas digitais. Para este ano, a Prefeitura conta com recursos para contemplar 30% das escolas.
Professores treinados
Para modernizar o sistema educacional da Capital mato-grossense, 70% dos professores já participaram de cursos de Inclusão Educacional Digital (IED) e de Tecnologia da Informação (TIC) para aprenderem a lidar com o equipamento em sala de aula e o restante deverá passar pela formação até o final de setembro.
Para inibir o roubo dos equipamentos, de acordo com o diretor de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Gilberto Fraga Melo, a previsão inicial era para que o tablet, tivesse uma chave de segurança que limitaria seu funcionamento em até 200 metros do raio do ambiente escolar, mas a estratégia mudou.
Com a entrega dos tablets, além de utilizá-los nas escolas, os alunos também poderão levá-los para casa. De acordo com a Prefeitura, para ter fácil identificação e evitar furtos ou, até mesmo, que outras pessoas o utilizem, os tablets serão amarelos e com a logo serigrafada da Secretaria Municipal de Educação (SME), o que os diferenciará dos tablets comuns.
A medida permitirá que o desenvolvimento das atividades pedagógicas continuem fora da escola, já que o instrumento possui somente aplicativos educacionais.





