Por outro lado, os profissionais de Várzea Grande continuam de “braços cruzados” há quase seis meses.
ANDRÉA HADDAD
Há dois meses de greve, médicos de Cuiabá retornaram às atividades após reunião com os prefeitos eleitos da Capital e Várzea Grande, Mauro Mendes (PSB) e Walace Guimarães (PMDB), respectivamente. O ato foi no próprio Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), na quarta (19). Na ocasião, o socialista garantiu que atenderia todas as exigências dos profissionais nos 30 primeiros dias de gestão. Já Walace ficou de analisar os pleitos e emitir uma resposta ao sindicato, ainda não confirmada.
Com o aceno positivo de Mendes, os médicos de Cuiabá realizaram assembleia e deliberaram por voltar ao trabalho. Por outro lado, os de Várzea Grande continuam de “braços cruzados” há quase seis meses.
Confirmado na secretaria de Saúde do Palácio Alencastro a partir de 1º de janeiro, o ex-presidente da Unimed Kamil Fares (PDT) vai se reunir em 7 do mesmo mês com os profissionais, na sede do Sindimed. Ele vai discutir com os médicos a implementação das medidas anunciadas por Mendes e solicitadas pela entidade, sendo quatro no total.
A primeira é referente à melhoria nas condições básicas de trabalho. “Não tem como continuar como está, vendo a população sem ter nem mesmo cadeira para sentar”, lamenta a presidente do Sindicato, Elza Queiroz. O segundo ponto trata da realização de mutirões para acabar com filas de exames e consultas com especialistas. O terceiro item diz respeito à falta de segurança dos profissionais nas unidades de saúde. “Os servidores, tanto médicos, enfermeiros e demais, são agredidos verbalmente, até mesmo com tentativa de linchamento”, relata a presidente do Sindimed.
O quarto assunto da pauta de reivindicações refere-se ao atraso, de até três meses, no pagamento da bonificação salarial dos servidores das unidades do Posto de Saúde da Família (PSF). “Os demais profissionais recebem, mas há alguns que estão há meses sem remuneração, pois nas demais unidades o pagamento é irregular”.
Ao ouvir o relato dos servidores, Mendes propôs a formação de duas comissões para ajuda-lo a superar o impasse, com três médicos em cada. A primeira vai atuar, com a equipe do prefeito, na central de regulação para levantar o número de pacientes nas filas. A outra equipe deve enumerar as necessidades básicas de todas as unidades de saúde, como, por exemplo, a falta de cadeiras, mesas e aparelhos de pressão.
Somente na Capital, 750 médicos prestam serviço para a prefeitura. Segundo a presidente do Sindimed, faltam cardiologistas, neurologistas, oftalmologistas, ortopedistas, reumatologistas e endocrinologistas.
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