João Emanuel garante que não fará oposição a gestão de Mauro Mendes em Cuiabá


  
Folha
Candidato à presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador eleito mais votado, João Emanuel (PSD) adota o discurso de que não será oposição ao prefeito eleito Mauro Mendes (PSB), que agora está sem vice-prefeito, com a renúncia do deputado João Malheiros (PR) e a mercê do futuro presidente da Mesa. A disputa está acirrada entre Emanuel e o atual presidente, vereador Júlio Pinheiro (PTB).

O vereador João Emanuel afirma que está aberto ao diálogo com o prefeito Mauro Mendes, mas a sua estratégia é cooptar apoio dos partidos aliados ao prefeito, mas o PSD esteve em lado oposto ao de Mendes no processo eleitoral, e o principal cacique da sigla, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva é desafeto político do senador Pedro Taques (PDT), principal apoiador de Mendes.
João Emanuel é genro de Riva, e os projetos políticos não teriam harmonia entre os grupos. Mas o vereador garante que irá trabalhar por Cuiabá e que não fará oposição ao prefeito. “Caso eleito presidente não farei oposição à Cuiabá, pois estaria me voltando contra a cidade e os projetos que forem bons serão votados, não temos o que falar sobre isso”, afirmou.
Para o vereador, não há como fechar a conversa com quem irá trabalhar por Cuiabá. “Estou aberto e pronto para o diálogo, mas desde já, pretendo ter um bom trânsito com o prefeito Mauro Mendes e o deixar desenvolver seu trabalho e também firmo a minha candidatura à presidência”, reforçou.
Ainda assim, João Emanuel se articula para garantir os votos que o elegem, já que foram eleitos 25 vereadores para a próxima gestão. O PTB determinou apoio irrestrito à Júlio Pinheiro e a sigla que tem como cacique o atual prefeito Chico Galindo, atuou para eleger Mendes.
Contudo, Mendes adota o discurso de neutralidade e garantiu que irá deixar a base aliada escolher o melhor candidato para assumir a presidência da mesa. Ainda assim, o prefeito deverá interferir já que o presidente será o seu futuro vice. Conforme demonstra o analista político João Edisom, Mendes deverá entrar no jogo para a eleição da Mesa Diretora, se não pode ficar refém do futuro presidente, que será o substituído direto. “Mendes pode ficar refém de João Emanuel que apresenta projetos diferentes ao dele”, destacou.