CENTRO COMERCIAL Camelôs ganham novo espaço; obra custou R$ 2,7 milhões



Foto: AssessoriaCamelôs ganham novo espaço; obra custou R$ 2,7 milhões
O prefeito Chico Galindo (PTB) inaugurou nesta quarta-feira (26), o novo Centro Comercial Popular de Cuiabá, que vai abrigar os vendedores autônomos que atuam no Centro da Capital. A obra visa cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual e custou R$ 2,7 milhões.

No local irão trabalhar 250 camelôs que foram cadastrados pela prefeitura, por meio da secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico e escolhidos conforme a situação socioeconômica.

Com a transferência dos camelôs para o novo centro, três praças da Capital ficarão livres do comércio popular, seguindo as determinações do MPE. 


O Centro Comercial Popular está localizado no bairro Porto (ao lado do Mercado do Porto), o prédio apresenta uma arquitetura que busca resgatar a história do local.

Espaço insuficiente

Para o diretor de comércio e serviços da secretaria, José Carlos Rodrigues, o local não possui espaço suficiente para receber a demanda do setor informal, e por isso, os camelôs que vendem alimentos, especificamente, deverão permanecer em outros pontos, ainda a serem definidos em acordo com a justiça e o Sindicato dos Camelôs de Mato Grosso.

Neste processo de regularização, o promotor responsável pela ação, também solicitou que estes pontos fossem regulamentados em forma de lei, o que já está sendo providenciado pelo prefeito Chico Galindo, além do novo cadastro das famílias que juntamente com o projeto serão apresentação para serem aprovadas pelo juiz.

Ação na Justiça
No mês passado, o promotor Gerson Barbosa, que atua da Defesa do Meio Ambiente, requereu junto à Justiça Estadual, a retirada imediata dos ambulantes e camelôs que se encontram em situação irregular no Centro Histórico de Cuiabá. A medida se deu após o não cumprimento dos acordos judicias firmados com o município nos anos de 2011 e 2012.

Segundo ele, no mês de junho passado, o município de Cuiabá se comprometeu em desocupar as praças onde estão os trabalhadores num prazo de 120 dias e até hoje nada foi cumprido. Além disso, a construção de um local para abrigar os camelôs no bairro Porto já deveria ter sido concluída no dia 1º de outubro.

“É público e notório que vários locais de uso comum do povo estão sendo utilizados por camelôs e ambulantes sem qualquer tipo de autorização. E mesmo nas três praças, em que se acordou a presença de ambulantes, outros, sem autorização, estão exercendo atividade”, afirmou.

O promotor solicitou ainda que a Justiça determine que o município de Cuiabá apresente um relatório contendo todas as ações já realizadas objetivando o cumprimento do acordo; promova a delimitação de área livre para circulação; e realize o levantamento socioeconômico dos nomes incluídos no cadastro de atividade ambulante.