Após reconhecer que a principal “falha” da gestão foi a falta de divulgação dos atos realizados no Executivo, o prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) tenta reverter a situação no “apagar das luzes” do mandato. Na edição desta semana da revista Veja, há nada menos que quatro páginas com ações comandadas por Galindo no Palácio Alencastro.
De “olho” na eleição de 2014, quando pode disputar a deputado estadual ou federal, Galindo empenha-se para superar o desgaste sofrido com o reajuste da planta genérica do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “A prefeitura arrumou a casa. Cuiabá agora tem futuro”, diz a chamada do informe publicitário. O anúncio circula apenas no lote da revista destinado à Capital.
Ao longo das quatro páginas, consta que há 10 anos a planta genérica de valores dos imóveis não passava por correções, o que teria gerado prejuízos aos cofres públicos. Nem as críticas recebidas no período ficaram de fora do anúncio. “Cuiabá passou por uma grande transformação nos últimos dois anos. Ao adotar uma gestão arrojada, a prefeitura conseguiu devolver à cidade a capacidade de investimentos. Para conseguir aumentar a arrecadação, a administração precisou tomar medidas duras, que foram criticadas por parte da sociedade”.
Sobre a Infraestrutura, o informe diz que, com aumento da arrecadação, foi possível executar o programa Poeira Zero, com o asfaltamento de 59 bairros e construção de seis pontes para atender “os anseios da comunidade rural”. Ele também destaca o recapeamento das principais vias da cidade, como Isaac Póvoas e Tancredo Neves, além da duplicação das avenidas Antártica e dos Trabalhadores.
Em relação à Educação, a publicação diz que Cuiabá foi a capital brasileira com melhor índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb), superando em 2011 a meta estipulada para 2014. “A preocupação não se limita somente à educação básica. A prefeitura de Cuiabá mantém o projeto Bolsa Universitária, que consiste em pagar faculdade em instituição particular para aqueles alunos menos favorecidos que não conseguiam ingressar em uma universidade pública”.
Já na área da Saúde, a equipe de Galindo recorreu ao expediente de que a Capital recebe pacientes de outras cidades e, por isto, não tem capacidade para atender à demanda. “Segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, 50% dos atendimentos realizados são de pacientes que não residem em Cuiabá. Além da demanda do interior de Mato Grosso, ainda são atendidas pessoas que moram em estados vizinhos, como Rondônia, e países fronteiriços, como a Bolívia”, diz um dos trechos.





