De acordo com os dados, 8.519 meninos e meninas ainda trabalham em Fortaleza
O Brasil tem um contingente de minioperários que ganha a vida diariamente na cidade e no campo. Cinco por cento de crianças e adolescentes entre 10 e 13 anos de idade trabalham. Na área urbana o número cai para 3,3%, mas zona área rural a realidade é ainda mais dura para esses meninos e meninas: 13,6% trabalham, seja ajudando a própria família ou prestando serviços a terceiros.
Os dados referem-se ao percentual de pessoas ocupadas e fazem parte do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se for considerada a faixa etária de 10 a 17 anos, constata-se que 44,4% das crianças e adolescentes têm algum tipo de ocupação no país, sendo que 39,3% atuam nas cidades e 71%, no campo.
A capital cearense ocupa o 3º lugar no ranking onde mais existem crianças, entre 10 e 14 anos, trabalhando, segundo o Censo De acordo com os dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), 8.519 meninos e meninas ainda trabalham em Fortaleza. Somente São Paulo (com 30.869) e Rio de Janeiro (com 10.989) possuem números absolutos maiores que o de Fortaleza.
Ceará
No Ceará existem 58.825 crianças trabalhando. O levantamento feito pelo MPT, por meio do procurador do trabalho Antonio de Oliveira Lima, aponta que o município de Deputado Irapuan Pinheiro possui o maior índice de crianças nessa faixa etária trabalhando. Ali, 23,3% das crianças trabalham, segundo os dados do IBGE.
Em relação ao restante do país, o Ceará ocupa a 15ª colocação entre os Estados onde mais há trabalho infantil. No Brasil, ainda segundo o IBGE, existem 1.069.399 crianças em condições de trabalho.
Autorização
O IBGE ressalta que a legislação brasileira autoriza adolescentes de 16 e 17 anos a trabalhar, desde que não sejam atividades prejudiciais à moral, à saúde e à segurança. Aos 14 e 15 anos, o trabalho só é permitido na condição de aprendiz. Já entre os 10 e 13 anos, é proibido impor à criança ou ao adolescente atividades contínuas e árduas, o que é classificado de trabalho infantil e acaba prejudicando o aprendizado escolar.
Com informações da Agência Brasil
