"Zaeli não teve coragem; vamos enxugar 40% da folha", diz Eder


O objetivo, segundo o secretário de Governo é montar uma lista de sugestões ao prefeito eleito Walace Guimarães

RepórterMT/AAJ
Eder Moraes e, no destaque, Maninho de BarrosEder Moraes e, no destaque, Maninho de Barros
ANA ADÉLIA JÁCOMO

O novo secretário de Governo de Várzea Grande, Eder Moraes (PR) afirmou que, diferente do ex-prefeito Tião da Zaeli (PSD), pretende, em parceria com o prefeito "tampão"  Maninho de Barros (PSD), exonerar 40% dos comissionados e prestadores de serviço que atuam na prefeitura. Ele disse que sua equipe está tendo a coragem que Zaeli não teve.

“Várzea Grande é um doente na UTI, mas pode se recuperar. Existe uma equipe para organizar as finanças. Eu estou focado na gestão, que está à beira de um colapso. O Maninho está tendo muita coragem e vamos enxugar a máquina. Reduziremos 40% da folha de pagamento. São demissões necessárias que o prefeito não teve coragem de fazer”, disse.


O objetivo, segundo o republicano, é montar uma lista de sugestões ao prefeito eleito Walace Guimarães (PMDB), que assume em 1º de janeiro do próximo ano.

Sobre a possibilidade de continuar atuando no governo de Walace, Eder disse que tem outros planos, como ser candidato a Governo em 2014 (leia mais aqui), contudo não descartou a hipótese e chegou a dizer que irão sentir falta de seus trabalhos, caso não permaneça no Paço Couto Magalhães.

“Garanto que o Walace vai pegar uma prefeitura mais organizada. Eu não tenho medo de desafios, mas se ele quiser me exonerar, tudo bem. Tenho outros planos, mas estou tentando fazer o melhor. Ele vai ter até problemas porque vão querer a continuidade desse trabalho”, declarou Eder.

A equipe de transição de Várzea Grande é formada por José Augusto de Moraes (Finanças), Faustino Antônio da Silva Neto (Administração) e Osmar Alves da Silva (Controladoria Geral). Além dos secretários, compõe a equipe o assessor especial do prefeito, Olindo Passinato Neto.

Ele também afirmou que a iniciativa privada tem “patrocinado” algumas obras e benfeitorias no município, como doação de 10 motocicletas para Polícia Militar e construção de dois gabinetes odontológicos itinerantes e um Ganha Tempo. Segundo Eder, um dos maiores problemas da cidade ainda é a falta de credibilidade.
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Maninho já exonerou muitos contratados e comissionados de Direção e Assessoramento Superior (DAS). A demissão em massa tem como objetivo reduzir a folha de pagamento, que estava em R$ 12 milhões ao mês, sendo necessário uma queda de, pelo menos, 50% desse valor. Segundo Eder, a medida ainda não aliviou a receita e mais demissões serão necessárias.