Servidor presta depoimento, mas 15 já estão em liberdade


A lista com nome dos servidores efetivos e contratados envolvidos no caso ainda não foi repassada para o prefeito Chico Galindo

repórtermt/ana adélia jácomo
Prefeito Chico Galindo pediu ajuda da DefazPrefeito Chico Galindo pediu ajuda da Defaz
ANA ADÉLIA JÁCOMO


Mais um suspeito de envolvimento com a fraude na arrecadação do IPTU, e demais impostos da Prefeitura de Cuiabá, está prestando depoimento na Polícia Civil nesta quarta-feira, 21. Ainda há quatro mandados de prisão em aberto, no entanto, os 15 que foram detidos já estão em liberdade e aguardarão o final das investigações fora da prisão.

O delegado Rogério Modeli afirmou que não irá revelar o nome dos supostamente envolvidos no esquema para que não atrapalhe as investigações. Ocorre que há uma cadeia de beneficiados com as fraudes, inclusive com o envolvimento de mais de 50 empresários da Capital. Caso os nomes vazem, haveria possibilidades de as pessoas deixarem o município por terem ligação com os suspeitos e presumirem que serão punidos.


“Há quatro pessoas foragidas e apenas um se apresentou hoje. Os quinze que foram presos, já estão em liberdade pois entendemos que não precisam ficar presos e sua liberdade não irá influenciar no processo de investigação”, disse o delegado.

A lista com nome dos servidores efetivos e contratados envolvidos no caso ainda não foi repassada para o prefeito Chico Galindo (PTB). Os nomes devem ser entregues ao petebista ainda esta semana. Galindo tem conhecimento apenas de um funcionário comissionado que é considerado pela polícia como um dos principais integrantes do esquema. 


A fraude estaria acontecendo há mais de dois anos, com oito modelos diferentes, e os funcionários recebiam de R$ 50 a R$ 5 mil por cada atividade. Entre os “serviços” oferecidos estavam à emissão de certidões, liberação de alvarás de funcionamento, aprovação de projetos, fiscalização irregular de obras e abatimento de multas, redução do valor do ITBI e do ISSQN, baixa em dívidas do IPTU e de contas de água da Sanecap. 


Ainda não se sabe ao certo quanto foi desviado. Contudo, levantamento prévio apontou que, em dez dias, a prefeitura teve um desfalque de R$ 1,3 milhão. 

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