Sem nenhuma expressão politica Eu serei candidato a governador em 2014, diz Eder Moraes


O projeto do republicano é filiar-se ao PMDB, que vem definhando no Estado

RepórterMT/AAJ
Eder MoraesEder Moraes
ANA ADÉLIA JÁCOMO

O novo secretário de Governo de Várzea Grande, Eder Moraes (PR) afirmou nesta terça-feira, 13, aoRepórterMT, que já escolheu qual cargo eletivo irá disputar em 2014: o Governo do Estado. Para isso, ele disse que pretende filiar-se no PMDB no próximo ano, que tem como principal líder político o governador Silval Barbosa, além do cacique Carlos Bezerra.


“Tenho projeto político para 2014. Faço parte do grupo do Silval e vou ser candidato a governador na próxima eleição. Vou trabalhar pelo PMDB e pretendo me filiar. Se eu não for para o PMDB, mas para outro partido, todos devem ter consciência de que eu serei candidato a governador”, disse Eder.

Eder passa por um processo de expulsão do PR, por infidelidade partidária. Ele optou por seguir a orientação do PMDB, que aliou-se ao petista Lúdio Cabral na corrida pela Palácio Alencastro, mas que foi derrotado por Mauro Mendes (PSDB).

O secretário acredita que as chances de sua filiação ser no PMDB são muito “grandes”, já que a legenda não tem em suas fileiras um nome para disputar o cargo. Silval não pode candidatar-se, pois já está no mandato por duas vezes consecutivas. Não há, na agremiação, nomes fortes, segundo ele, para entrar na disputa e Eder seria uma maneira de não deixar que o partido passe despercebido pelo pleito.

Nos bastidores especula-se que o senador Pedro Taques (PDT) seja um dos mais cotados para disputar o Palácio Paiaguás, além dele, o republicano Blairo Maggi, ex-governador por dois mandatos, também é sondado. Recentemente, o deputado Emanuel Pinheiro (PR) afirmou que a legenda quer, por unanimidade, que Maggi concorra ao cargo.

De todo modo, Eder deve fazer barulho. Conhecido por suas declarações polêmicas, o ex-secretário extraorgdinário da Copa não costuma ter papas na língua. Ele e Taques são considerados desafetos e já travaram discussões políticas de grandes proporções.

ATUAÇÕES
Eder já foi secretário de Fazenda no Governo Maggi. Assumiu a Agecopa e promoveu um dos maiores escândalos na autarquia. Ele encomendou cerca de 10 veículos Land Rover.  A empresa  Global Tech, contratada sem licitação por Eder, com aval do governador Silval Barbosa, teria sido criada somente para atender a extinta Agecopa na compra dos carros, equipados com radares para patrulhamento na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. O custo final de cada veículo é de R$ 1,4 milhão, chegando a aquisição que surpreendeu todo Mato Grosso ao preço total de R$ 14,1 milhões. Além disso, Eder já teve seu nome envolvido no escândalo dos Precatórios.
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