Escola estadual Barão de Melgaço, no bairro Dom Aquino, onde ele é orientador pedagógico
A Polícia Civil prendeu um professor acusado de estupro de vulnerável contra vários adolescentes atendidos por um projeto social, em Cuiabá, dentro da escola estadual Barão de Melgaço, no bairro Dom Aquino, onde ele é orientador pedagógico. A prisão aconteceu no final da tarde desta sexta-feira (23).
Segundo informações da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Estevão Galvão Rezende, 62 anos, abusava de adolescentes atendidos pela Associação Criança Feliz (Acriffe), a qual não tem nenhuma ligação direta.
Ele teve mandado de prisão preventiva requerido pela delegada Alexandra Fachone, após confirmar o estupro de pelo menos sete adolescentes com idades entre 12 e 14 anos, todos alunos do projeto. O projeto oferece aulas de inglês, informática, música e esporte dentre outras atividades a crianças e adolescentes de baixa renda na Cohab Sucuri.
O contato com os alunos se dava nas proximidades da chácara do professor, região do Bandeiras, do Sucuri, em Cuiabá, onde o projeto e executado. Os meninos mentiam para a família que iam jogar bola e tomar banho na localidade e acabavam ficando na chácara do professor, nas proximidades de onde a maioria das vítimas moram.
Em outubro deste ano, a Delegacia recebeu denúncia anônima contra o professor e iniciou investigações para apurar as informações. Segundo a denúncia, o professor recebia frequentemente em sua chácara, na região do Bandeiras, alunos adolescentes do projeto Acriffe. Lá os menores, todos do sexo masculino, permaneciam por horas e depois saiam com dinheiro ofertado por Estevão. Segundo as investigações, os alunos frequentavam a casa dele há cerca de seis meses.
No inquérito policial, a Polícia Civil conseguiu apurar a ocorrência de crimes de abusos sexuais e estupro de vulneráveis contra sete adolescentes, que “de forma contundente confirmaram os crimes, atribuindo ao professor Estevão a autoria, detalhando como os delitos eram cometidos, sempre em troca de dinheiro”, afirmou à delegada Alexandra Fachone.
A delegada Alexandra Fachone disse que as investigações ainda estão em andamento devido à possibilidade de haver outras vítimas, que deverão ser localizadas nos próximos dias.
O inquérito policial será concluído em 10 dias. A prisão preventiva foi decretada pelo juízo da 8ª Vara Criminal da capital.
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