Revolta seria uma reação ao conflito entre policiais federais e indígenas, durante operação
MidiaNews
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Quase 100 agentes da PF estão no Norte para tentar evitar novos conflitos com índios
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
DA REDAÇÃO
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, César Augusto Martinez, informou que cerca de 3 mil índios ameaçaram invadir a cidade de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá).
A invasão seria em resposta ao confronto ocorrido na quarta-feira (6), entre índios e policiais federais, durante a Operação Eldorado.
O incidente ocorreu no rio Teles Pires, próximo à divisa com o Pará, durante o cumprimento dos mandados judiciais na área da Terra Indígena Kayabi, onde 16 balsas que eram usadas para extração ilegal de ouro seriam destruídas.
O superintende disse que, até o momento, não foi confirmada a invasão, mas, pelo menos, 90 agentes, estão no local para controlar o conflito, caso ele ocorra.
“Não temos nada confirmado, mas não podemos ignorar ameaças. O acesso da aldeia até a cidade é muito difícil, tudo tem que ser feito por embarcações. A PF está em alerta, com homens da Força Nacional e policiais Civil e Militar”, disse Martinez, durante entrevista coletiva, na noite de sexta-feira (9).
Martinez também disse que o conflito de quarta-feira não era esperado pelos agentes, que foram surpreendidos por cerca de 200 índios armados com arcos e flechas, e também armas de fogo.
Martinez também disse que o conflito de quarta-feira não era esperado pelos agentes, que foram surpreendidos por cerca de 200 índios armados com arcos e flechas, e também armas de fogo.
“Nossa equipe, no dia anterior, havia conversado por mais de quatro horas com os índios, juntamente com a Funai. A resistência dessa forma não era esperada. Os índios estavam se preparando para a guerra”, disse.
Interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial, segundo Martinez, comprovam que havia intenção anterior do líder indígena em atacar os policiais.
Interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial, segundo Martinez, comprovam que havia intenção anterior do líder indígena em atacar os policiais.
"A resistência dessa forma não era esperada. Os índios estavam se preparando para a guerra"
Os policiais utilizaram bombas de gás para proteção pessoal e dos servidores do Ibama e Funai, que se encontravam com balsa.
A PF acredita que o conflito foi motivado por conta da extração ilegal de ouro feita com as 16 balsas. Cada balsa daria um lucro mensal de R$ 30 mil às tribos, de acordo com a PF.
“É muito triste ver índios atuando no crime organizado. Essa reação deles mostra o medo de retornarem à situação critica que deviam viver antes das balsas serem instaladas no Rio Teles Pires. Cada balsa está avaliada em R$ 2,5 milhões. Por aí, pode-se perceber o valor milionário que o crime organizado investiu naquela região”, informou o delegado.
Mesmo com o confronto o superintendente avaliou que a Operação Eldorado foi bem sucedida.
A operação tinha mandados judiciais para a desarticulação de uma organização criminosa dedicada à extração ilegal de ouro e posterior comercialização no SFN (Sistema Financeiro Nacional).
Conflito armado
A Polícia Federal conformou que 13 índios da etnia mundurukú, da região do rio Teles Pires, foram autuados por resistência e desobediência, após o confronto com agentes.
Até o momento, as informações são de que seis índios foram feridos a bala e dois policiais federais tiveram ferimentos causados por flechas.
Uma das vítimas do embate ente PF e indígenas foi o índio Adenilson Crishi Munduruku, 30, o “Ussuru”. Ele foi morto com um tiro e deixou oito filhos.
O corpo de Ussuru foi encontrado por volta de meio-dia de quinta-feira (8), no leito do rio Teles Pires. Outros dois índios estão internados no Pronto-socorro de Cuiabá.
Operação Eldorado
A Operação Eldorado, deflagrada na terça-feira (6), em Mato Grosso, Pará, Rondônia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Amazonas e Rio de Janeiro, teve o objetivo de desarticular uma rede de exploração de garimpos ilegais na região do rio Teles Pires.
O esquema funcionava há cinco anos. Durante a primeira etapa da operação, foram cumpridos 17 dos 28 mandados de prisão temporária, 64 de busca e apreensão e oito de condução coercitiva expedidos pela Justiça Federal.
No esquema, eram usadas notas frias de cooperativas de garimpeiros para legalizar a produção de garimpos, que funcionavam de forma ilegal.
Conforme as investigações, boa parte dos garimpos ficava nas terras dos índios mundurukus e kayabis.
O esquema também contava com a participação de índios, que, segundo a PF, facilitavam o acesso às áreas de extração.
Uma das empresas investigadas, com sede em Cuiabá, movimentou cerca de R$ 150 milhões nos últimos dois anos.
A companhia também operava na Bolsa de Valores, para comercializar o ouro como ativo de investimento financeiro.
Na operação, agentes da PF apreenderam 23 quilos de ouro, avaliados em R$ 2 milhões, com o empresário Valdemir Melo, dono da empresa Parmetal, com sede em Cuiabá, e com o filho dele, Artur Melo. Os dois foram presos na manhã de terça-feira.
Também foi preso na operação um oficial da Marinha do Brasil, lotado no Norte de Mato Grosso, que seria encarregado de legalizar o transporte do produto em embarcações, com o uso de notas fiscais falsas.
Conflito armado
A Polícia Federal conformou que 13 índios da etnia mundurukú, da região do rio Teles Pires, foram autuados por resistência e desobediência, após o confronto com agentes.
Até o momento, as informações são de que seis índios foram feridos a bala e dois policiais federais tiveram ferimentos causados por flechas.
Uma das vítimas do embate ente PF e indígenas foi o índio Adenilson Crishi Munduruku, 30, o “Ussuru”. Ele foi morto com um tiro e deixou oito filhos.
O corpo de Ussuru foi encontrado por volta de meio-dia de quinta-feira (8), no leito do rio Teles Pires. Outros dois índios estão internados no Pronto-socorro de Cuiabá.
Operação Eldorado
A Operação Eldorado, deflagrada na terça-feira (6), em Mato Grosso, Pará, Rondônia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Amazonas e Rio de Janeiro, teve o objetivo de desarticular uma rede de exploração de garimpos ilegais na região do rio Teles Pires.
O esquema funcionava há cinco anos. Durante a primeira etapa da operação, foram cumpridos 17 dos 28 mandados de prisão temporária, 64 de busca e apreensão e oito de condução coercitiva expedidos pela Justiça Federal.
No esquema, eram usadas notas frias de cooperativas de garimpeiros para legalizar a produção de garimpos, que funcionavam de forma ilegal.
Conforme as investigações, boa parte dos garimpos ficava nas terras dos índios mundurukus e kayabis.
O esquema também contava com a participação de índios, que, segundo a PF, facilitavam o acesso às áreas de extração.
Uma das empresas investigadas, com sede em Cuiabá, movimentou cerca de R$ 150 milhões nos últimos dois anos.
A companhia também operava na Bolsa de Valores, para comercializar o ouro como ativo de investimento financeiro.
Na operação, agentes da PF apreenderam 23 quilos de ouro, avaliados em R$ 2 milhões, com o empresário Valdemir Melo, dono da empresa Parmetal, com sede em Cuiabá, e com o filho dele, Artur Melo. Os dois foram presos na manhã de terça-feira.
Também foi preso na operação um oficial da Marinha do Brasil, lotado no Norte de Mato Grosso, que seria encarregado de legalizar o transporte do produto em embarcações, com o uso de notas fiscais falsas.





