Coluna Fogo Cruzado – Folha de Pernambuco – 3 de novembro
Diante de especulações de parte da mídia de que iria pedir à presidente Dilma mais cargos no governo em decorrência do seu bom desempenho nas eleições municipais, a direção do PSB sentiu-se obrigada a divulgar uma nota para desautorizar essas versões. Aliás, no dia seguinte ao 2º turno, em que o PSB acrescentou à sua quota de vitórias as prefeituras de Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho, o presidente Eduardo Campos negou o supostopedido, mas ele não desapareceu do noticiário.
Incomodado, ele determinou que fosse incluído na nota oficial, assinada por ele e todos os outros membros da direção nacional, que “o Partido Socialista Brasileiro repudia toda e qualquer informação de que pleiteia cargos no governo federal. O partido não manifestou, e nem manifestará, qualquer intenção nesse sentido, porque o apoio ao governo Dilma Rousseff é desdobramento da aliança que vigorou nos dois mandatos do presidente Lula, firmada desde a campanha de 1989”.
É provável que com este desmentido categórico as especulações desapareçam, embora elas sejam produto da imaginação criadora de certos repórteres de Brasília, que quando não têm notícia para garantir o fechamento dos seus jornais, inventam. O desmentido foi divulgado na hora certa. Porque se o partido silenciasse sobre essa questão, correria o risco de ser comparadoa outras legendas da base de apoio ao governo, quesó sabem jogar assim: “Quer apoio? Então me dê cargos”.
Força 1 – A Força Sindical elegeu diversos vereadores no interior de Pernambuco visando à candidatura do seu presidente, Aldo Amaral (PDT), a uma vaga na Câmara Federal. Um dos eleitos foi Sandra do Matadouro (PDT), 1º lugar na cidade de Escada com 1.574 votos.
Força 2 – Aldo Amaral assumiu a Força Sindical com apenas 11 sindicatos e já elevou esse número para perto de 100. Ele colaborou para evitar novas greves em Suape e responsabiliza o “antidiálogo” de algumas empresas pela paralisação iniciada no complexo na última 3ª feira.
A rejeição – Gonzaga Patriota (PSB) está convencido de que Fernando Filho (PSB) perdeu a eleição em Petrolina porque a cidade não compreendeu a sua aliança com o ministro Fernando Bezerra Coelho. Ambos são filiados ao mesmo partido, mas foram adversários políticos durante mais de 30 anos. Quando se juntaram, agora, para tentar eleger Fernandinho, o eleitor disse não.
Os netos – ACM Neto (DEM), prefeito eleito de Salvador, mandou um recado curto e grosso para Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB: não haverá aliança automática entre os dois partidos na sucessão presidencial de 2014. Ele não descarta dar apoio a Eduardo Campos (PSB), repetindo declarações feitas pelo senador e presidente nacional do partido, José Agripino (RN).
Cem dias – Até agora, o prefeito eleito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), não conseguiu alinhavar o seu plano de trabalho para os primeiros “100 dias” de governo. Mas um dos focos será o trânsito, com proibição de carga e descarga por parte de veículos de grande porte entre 6h e 22h.
O reino – Os “Coelhos” de Petrolina ficaram tão fortes que não convinha mais para a família abrigar-se num único partido. Fernando pai e Fernando filho estão no PSB, Geraldo no PTB, Guilherme no PSDB e Osvaldo no DEM. Em português claro, chama-se “dividir para reinar”.
O passado – Foi por insistência de Ana Arraesque Júnior Matuto (PSB) candidatou-se a deputado estadual por Paulista, em 2010, o que lhe abriu as portas para eleger-se prefeito 2 anos depois. Ele pediu até “pelo amor de Deus” para não ser candidato, alegando não ter dinheiro e nem votos, mas não adiantou. Hoje,está 100% convencido de que “dona Ana tinha razão”.
A reunião – Prefeitos do Agreste meridional irão reunir-se na sede da Codeam, em Garanhuns, no próximo dia 6, para uma tomada de posição sobre a secae a queda do FPM dos municípios. A reunião será conduzida pelo presidente do órgão e prefeito de Palmeirina,Eudson Catão (PSB). A chiadeira é grande.
A guerra – O PT ainda não marcou a data da reunião em que será feita uma avaliação do desempenho do partido em Pernambuco nas eleições municipais. Essa reunião pegará fogo se os três maiores líderes do partido estiverem presentes: Humberto Costa, João Paulo e João da Costa. Aguardemos, pois!