Mariana Salume (msalume@eshoje.com.br) Foto de Dayana Souza
Considerado foragido da polícia, o empresário Diogo Bonadiman Baracho, 29, está sendo acusado de pedofilia. A polícia identificou nove vítimas, mas na casa do acusado, a Delegacia de Crimes Eletrônicos, comandado pelo delegado Jeremias Santos, apreendeu cerca de mil arquivos com imagens e conversas entre o acusado e menores. As investigações tiveram início em 2009 após a denúncia da família de uma das vítimas, em Castelo.
Atualmente, segundo familiares, o acusado se encontra nos Estados Unidos. “Após o mandato expedido e divulgado como está sendo, já podemos considerar que Diogo está foragido”, esclareceu Jeremias.
O empresário pertence a uma família de classe média alta da Praia do Canto, em Vitória, e atua no ramo de entretenimento – ele foi proprietário da casa noturna GLBT, Ink Lounge, e do Charger bar. A última passagem de Diogo pelo Espírito Santo foi registrada em 2011. Segundo o delegado, as acusações contra Diogo já foram informadas a Interpol para cumprir o mandado de prisão preventiva.
Apesar de as investigações terem sido iniciadas há três anos, só em 2012 a polícia conseguiu juntar as provas necessárias para realizar busca e apreensão na casa do acusado. A ação aconteceu no dia 22 de junho, quando foram apreendidos aproximadamente mil arquivos, entre vídeos, fotos e conversas, catalogados como “Esta é a loirinha”, “Esta é a ruivinha”. As vítimas tinham entre 13 e 16 anos e eram abordadas via Messenger (MSN – chat de bate-papo).
As abordagens eram feitas de três maneiras. “Em um primeiro momento, Diogo usava um e-mail com final “idiotinha” e se passava por amigo das garotas. Num segundo momento, ele se identificava como uma garota de 13 anos, para que a outra garota se identificasse também, e direcionava a conversa para as vítimas mostrassem o corpo, como se fossem comparar uma das outras. Na terceira o empresário já utilizava o nickname (nome ou apelido usado em conversas de salas de bate-papo) com o próprio nome em uma conversa mais aberta, onde pedia as meninas para posarem de biquíni e até mesmo mostrar alguma parte do corpo”.
Segundo o delegado, no momento que a polícia foi até a casa do empresário, a família não tinha conhecimento da acusação, mas que após o pedido de prisão preventiva expedido no dia 27 de julho, todo o processo já foi apresentado aos familiares. “Após a apreensão, a família apresentou uma procuração assinada por ele, autorizando a representação do acusado por um escritório de advocacia”, declarou o delegado.
URL curta: http://eshoje.jor.br/?p=47685