Prefeito garante que paga salário de dezembro e 13º ainda este ano, e que prefeitura ainda terá capacidade de endividamento de R$ 500 milhões
PAULO COELHO
Sem restos a pagar e “sem nenhum centavo em dívidas” na contabilidade da prefeitura. Foi o que garantiu o prefeito Chico Galindo (PTB), durante sua primeira reunião com o prefeito eleito no último domingo, Mauro Mendes (PSB).Mas, por outro lado, o petebista também não deixará dinheiro em caixa.
Marcos Lopes/HiperNotícias
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Mauro Mendes e Chico Galindo iniciam a transição, na prática, durante reunião marcada pela cordialidade entre o atual prefeito e o eleito
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“Tomara que eu não deixe nenhum centavo, porque isso significa que as obras andaram e que eu terei realizado bastante obras; então eu vou deixar sem nenhuma dívida, com a folha de pagamento paga dentro do mês de dezembro e o 13º salário pago. O Mauro vai receber uma prefeitura em plenas condições para trabalhar à sua maneira”, garantiu Galindo.Mauro Mendes voltou a frisar que adotará o perfil técnico para montar seu secretariado, que deve ser anunciado dia 20 de dezembro. Ele também admitiu pode usar, inclusive, nomes que estão na gestão Galindo, “desde que estejam dentro do alinhamento técnico e das ideias que queremos implementar na administração de Cuiabá”.Galindo também anunciou que o PTB “será 100% apoio ao governo do prefeito Mauro Mendes”, ou seja, seus quatro vereadores eleitos estarão na base do socialista.Perguntado por HiperNoticias se o PTB vai exigir cargos no staff de Mendes, já que foi o partido que mais elegeu vereadores em 2012, o petebista alegou que “esse anúncio de apoio aqui eu estou fazendo, mas nem o próprio Mauro estava sabendo, essa é a maior prova de que não vamos negociar apoio em troca de cargo; acho que isso já passou e você veja o secretariado Chico Galindo: têm vários efetivos que são pessoas que eu sequer conhecia e que hoje são secretários; então é assim que eu trabalho, com o perfil técnico, o mesmo que o Mauro disse preferir”.SAÚDEA prioridade anunciada por Mauro Mendes começará, segundo ele, pela garantia da mão de obra médica nas unidades de Saúde.“Como fazer isso nós vamos estudar esses detalhes com a equipe de transição, para saber o que poderemos fazer na prática, porque o grande anseio da população é o de chegar numa policlínica e encontrar o profissional médico, o pediatra, o clínico geral, enfim, todo médico que é de responsabilidade da prefeitura garantir”, disse Mendes.Ainda sobre a saúde pública, Chico Galindo opinou ser plenamente possível a construção de mais um pronto socorro em Cuiabá, conforme prometeu em campanha o socialista.“Há, sim, condição. Se neste ano nós estamos aplicando aproximadamente R$ 100 milhões em compra de equipamentos, caminhões, o programa Poeira Zero, construindo pontes de concreto, então, ele pode, sim, desenhar um novo projeto e buscar esse financiamento, porque Cuiabá hoje tem capacidade de se endividar em até R$ 500 milhões, dinheiro com o qual eu não tive a oportunidade de contar”, justificou Galindo.
Marcos Lopes/HiperNotícias
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Galindo garante que deixa contas da prefeitura em dia, sem restos a pagar, mas também sem dinheiro em caixa
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CABMesmo tendo se posicionado a favor da manutenção do contrato com a CAB Ambiental, empresa responsável pelo saneamento da Capital, Mauro Mendes salientou que a tolerância da prefeitura com concessionária será exatamente o que determina cada cláusula contratual.“Eu não conheço detalhes, mas o limite certamente é contrato e o que estabelece a lei das concessões. Agora, eu fui eleito foi para representar o povo cuiabano e não dá para admitir a falta d’água na torneira, como tem acontecido nos últimos meses em Cuiabá, ou seja, ou a empresa trabalha com seriedade ou ela certamente vai ter problema no contrato, não hesitarei em defender o povo cuiabano”, frisou Mendes, acrescentando que aplicará todas as penalizações previstas em lei em caso de descumprimento contratual pela CAB.Galindo interveio no assunto e complementou que cabe até o cancelamento contratual caso as cláusulas que garantem o atendimento e fornecimento de água à população não sejam cumpridos.LOAO orçamento do primeiro ano de mandato de Mauro Mendes está previsto em R$ 1,380 bilhão, podendo chegar a R$ 1,580 bilhão.Esse valor estaria distribuído da seguinte forma: R$ 150 milhões da Fonte 100; R$ 450 milhões de receita própria; e R$ 450 milhões de transferências, além dos repasses do SUS (Saúde) e Fundeb (Educação).“Os outros R$ 200 milhões são a capacidade de convênios que a prefeitura poderá firmar com o Estado e com a União, por exemplo”, apontou o coordenador da equipe de transição indicado pela prefeitura, Lamartine Godoy.
