Delegacia Fazendária promete divulgar lista oficial dos nomes envolvidos no rombo da fisco municipal ainda esta semana. Prefeitura deve demitir os comissionados e afastar concursados
PAULO COELHO
Mais duas das seis pessoas que têm mandado de prisão em aberto pela Delegacia Fazendária (Defaz) e são considerados foragidos da justiça devem se apresentar à Polícia Civil na próxima quarta-feira (21). Elas são suspeitas de envolvimento direto no esquema de corrupção que fraudava o IPTU e outros impostos da prefeitura de Cuiabá.A previsão é da delegada Liliane Murata, que juntamente com o delegado Rogério Modeli, lidera os trabalhos investigativos.
“Uma dessas seis se apresentou na semana passada e duas outras devem se apresentar na quarta e, assim, os trabalhos vêm avançando”, disse Murata a HiperNoticias, alegando que apenas nesta data passará a lista atualizada dos presos.HiperNoticias, por usa vez, adiantou com exclusividade a relação com os nomes das 14 pessoas presas na operação Impostor. (Confira aqui).Ao se confirmar a apresentação dos dois envolvidos no caso, na quarta-feira, restarão mais três mandados para serem cumpridos e a expectativa da polícia é que elas também me se apresentem nos próximos dias.Os delegados que acompanham o caso ainda acham cedo para passar um diagnóstico mais detalhado sobre o rombo, conforme última estimativa estava em R$ 1,3 milhão.O CASOA Delegacia Fazendária, em ação conjunta com o Ministério Público Estadual, prendeu, no último dia 9, 14 pessoas, entre servidores da prefeitura de Cuiabá, empresários, autônomos e um corretor . Também foi feita à ocasião a apreensão de vários documentos. A ação, de acordo o MPE, apura denúncias de fraudes no sistema de arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), e liberação de Habite-se.Por se tratar de prisão temporária, os suspeitos presos já foram ouvidos e liberados pela polícia.O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PDT), autor das denúncias, ainda estuda o relatório inicial da Defaz para avaliar a dimensão do envolvimento de cada servidor para, a partir daí, decidir se afasta, demite ou mantém esses servidores nos quadros da prefeitura.“O que fazer exatamente, só tem como decidir depois de analisar esse relatório, pois não queremos cometer injustiça, mas se esse relatório coincidir com a minha opinião, quem for DAS será demitido e quem for efetivo, afastado”, adiantou Galindo.
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