O deputado do PR entende que um governo que deseja ‘marcar época’ não pode ser tocado por seis secretários de Estado interinos.
RONALDO PACHECO
A
liberdade dada pelo PR para o governador Silval Barbosa (PMDB) exonerar todos os cargos considerados indicação da legenda, para, depois, se necessário, renomeá-los com a chancela republicana, não significa uma guinada para a oposição. “Quem disse que o PR não é mais governo? Nós somos avalistas do mandato de Silval. Não somos oposição, não”, reagiu o deputado estadual Emanuel Pinheiro, secretário geral do PR, responsável pelo diálogo com o Palácio Paiaguás.“Na verdade, o PR deixou o governador Silval à vontade, para definir sua equipe e pôr fim à instabilidade no governo”, assegura ele. “Somos avalistas do governo Silval. Como poderíamos ir para a oposição, se este é um governo de continuidade? Formos os primeiros a dar aval para ele, desde quando Blairo [Maggi] passou-lhe o comando do governo de Mato Grosso, em 2010”, lembrou Pinheiro.
Marcos Lopes/HiperNotícias
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Deixar os cargos do PR à disposição de Silval não significa ser oposição, reage Emanuel Pinheiro
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O deputado do PR entende que um governo que deseja ‘marcar época’ não pode ser tocado por seis secretários de Estado interinos. “Como um governo pode dar satisfações à população se não há clareza sobre quem deve ser cobrado, já que são apenas interinos”, observa Emanuel.Atualmente, no governo Silval, são interinos, os secretários Vânder Fernandes (Saúde), Gonçalo Aparecido de Barros (Cidades), Carlos Luiz Milhomem de Abreu (Desenvolvimento Rural), José de Assis Guaresqui (Esportes) e João Carlos Laino (Cultura), além do presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Ager), Aroldo de Luna Cavalcanti.Desta forma, a decisão do PR, sob orientação do presidente regional, deputado federal Wellington Fagundes, e dos senadores licenciado Blairo Maggi e em exercício Cidinho Santos é para que fique clara a participação da legenda, na governabilidade. “Devemos dar uma resposta à sociedade mato-grossense e, do jeito que estava, não podia continuar”, apontou o secretário geral republicano.O PR deseja definir sua fatia, no governo Silva, antes de 31 de dezembro. “Temos de começar o ano novo com vida nova”, resumiu Pinheiro.