Da Editoria - Marcos Coutinho/ Da Redação - Julia Munhoz / Da Reportagem Local - Lucas Bólico
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Delegacia Fazendária (Defaz) deflagrou nesta sexta-feira (09) a Operação Impostor. Até o momento, 13 servidores da Prefeitura de Cuiabá foram detidos para prestar depoimento. O delegado Rogério Atilho é quem coordena os trabalhos e, segundo informações da assessoria da Polícia Civil, a operação apurou uma fraude na arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) da Prefeitura Municipal de Cuiabá.
As prisões foram cumpridas após a expedição de mandados temporários (cinco dias) e os investigados vão responder por crimes de inserção de dados falsos no sistema de informação, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
As informações iniciais são de que os trabalhos não foram concluídos e devem seguir nesse final de semana, com o cumprimento de alguns mandados de prisão e busca e apreensão.
Há três meses, a Polícia Civil recebeu relatório de uma auditoria da própria Prefeitura apontando cerca de R$ 1,3 milhão de arrecadação do IPTU, que teriam deixado de ir para os cofres públicos municipais. A auditoria identificou alterações indevidas no sistema de recolhimento do IPTU de Cuiabá, promovidas por servidores públicos de vários setores da Prefeitura, dentre eles informática, cadastro, IPTU e Procuradoria Fiscal.
Além do envolvimento de servidores públicos foi identificada a participação de empresas e pessoas físicas e a fraude só foi descoberta pela Polícia Civil após ter sido identificada uma lacuna no sistema.
Durante as investigações foi constatado fraudes na arrecadação de outros impostos, a exemplo do ISSQN, ABIT, pagamento de certidões, contratos, projetos e autorizações junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) de Mato Grosso, segundo informações da assessoria.
“O servidor baixava no sistema, mas não tinha a baixa do banco, que seria feita após a compensação do título. Então, ficava essa pendência em aberta. Não tinha a confirmação do banco”, explicou a delegada Liliane de Souza Santos Murata Costa, que preside as investigações.





