Da Redação
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados recebeu oficialmente, nesta quarta-feira, 31 de outubro, pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de institutos de pesquisa na divulgação de pesquisas nas últimas eleições municipais. O requerimento contém 225 assinaturas, que ainda serão conferidas pela Mesa para confirmar se, de fato, foi atingido o número mínimo exigido, de 171 deputados.
O líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), recolheu as assinaturas em três dias e disse contar com o apoio de 80% dos líderes partidários. Segundo Figueiredo, o primeiro passo da futura CPI seria requisitar dados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre pesquisas registradas e que tiveram erros maiores que o esperado.
Em virtude da discrepância das diversas sondagens e os resultados das urnas em Mato Grosso, o deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT), vice-líder do PSB na Câmara e membro da Comissão de Reforma Política do Congresso nacional, declarou ser favorável à proibição da divulgação de pesquisas eleitorais a partir do mês de setembro nos anos eleitorais.
Na avaliação do parlamentar, as pesquisas têm sido utilizadas de forma maldosa para construir resultados. “O que estamos vendo é um processo de ilusão do eleitor através de pesquisas. Isso está claro! Há uma verdadeira guerra de pesquisas e temos que tomar providências urgentemente porque estão manipulando a convicção do eleitor através de resultados fraudados", disparou Valtenir.
A intenção inicial do deputado é encontrar uma forma de evitar fraudes nos resultados das pesquisas. Uma sugestão para isso, em sua opinião, seria que o TSE fosse o único responsável pela realização das mesmas. Levando-se em conta a dificuldade de colocar a proposta em prática, ele já pensa em soluções radicais, como a proibição da divulgação dos resultados a partir do mês de setembro. A partir deste período, as pesquisas seriam permitidas apenas para consumo interno.
A sugestão ainda será levada à Comissão de Reforma Política.