Presidente da AL-MT, José Riva, estará no encontro e utilizou a tribuna durante a sessão desta quarta-feira para solicitar união da classe política do Estado
KLEVERSON SOUZA - Assessoria da Presidência
Dez deputados estaduais participam nesta quinta-feira (22), às 9h, de reunião na gleba Suiá Missú, na localidade no Posto da Mata, nos municípios de Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, distante 1.100 km de Cuiabá.
O encontro será promovido pela Associação dos Produtores Rurais da Suiá Missú (Aprosum), pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR) e estadual Baiano Filho (PMDB), e contará com a presença de senadores, outros deputados federais e estaduais para discutir a situação dos produtores rurais e indígenas que moram na região.
Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desocupação dos produtores rurais que vivem na Terra Indígena Marãiwatsédé até o dia 6 de dezembro.
Durante a sessão plenária vespertina desta quarta-feira (21), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), utilizou a tribuna para novamente, solicitar união da classe política de Mato Grosso para sensibilizar a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), diante da ordem judicial para a retirada de não índios da terra indígena Marãiwatséde, na gleba Suiá Missú, no nordeste do Estado.
“É extremamente importante que esta Casa de Leis se faça presente nesta reunião, pois considero a decisão como uma das maiores injustiças que serão cometidas com a população da região, que residem na localidade há mais de 30 anos”, afirmou Riva.
O presidente do legislativo estadual revelou que recebeu documentação comprovando que a área nunca foi habitada por índios. “Existe um processo com vício, como acontece na maioria dos processos de ampliação de reservas indígenas, inclusive nas que estão em andamento no Estado”, pontuou.
Na questão da terra indígena Marãiwatséde, Riva lembrou que a decisão é política e cabe boa vontade à presidente, aos ministros da Casa Civil e da Justiça, e do próprio STF. “Espero que após a reunião, os parlamentares federais consigam sensibilizar a presidente da República. Infelizmente, as reivindicações do governador Silval Barbosa (PMDB), a mobilização das mulheres na frente do STF, as três audiências públicas que mantivemos com o ministro da Justiça e presidente da Funai ainda não foram suficientes para reverter a situação”, lembrou o parlamentar.
Riva também voltou a criticar a Fundação Nacional do Índio (Funai) ao dizer que o órgão atende, mas nunca leva em consideração nenhum tipo de informação que não atenda os interesses da comunidade indígena. “Cabe à classe política a intervenção política para que não se cometa essa injustiça com essas famílias que moram na localidade. Estamos na iminência de um conflito e não podemos fechar os olhos para isso”, explicou.
Além de Riva, participam da reunião os deputados estaduais Baiano Filho (PMDB), Sebastião Rezende (PR), Airton Português (PSD), José Domingos Fraga (PSD), Antônio Azambuja (PP), Ezequiel Fonseca (PP), Zeca Viana (PDT), Dilmar Dal Bosco (DEM) e Wagner Ramos (PR).
CONFLITO – O conflito agrário envolvendo a reserva indígena de Maraiwatsede ocorre em função da decisão judicial que determina a desintrusão da área, demarcada sobre terras da Suiá Missu, na qual a Funai decidiu pelo assentamento dos índios xavantes. Segundo a Aprosum, sete mil não índios vivem na região.
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