Após derrubar Tião da Zaeli, Ex-procurador e ex-secretário pedem nova eleição em VG


Gabriela Galvão e Jacques Gosch

-- Coligação de Lucimar quer anular eleição em VG
Coligação de Lucimar quer anular eleição em VG
  Antonio Carlos Kersting Roque e Garcez Toledo Pizza, ex-procurador-geral e ex-secretário de Fazenda de Várzea Grande na gestão Murilo Domingos (PR), respectivamente, entraram com uma representação no 49ª zona eleitoral do município e no Ministério Público Eleitoral pedindo a anulação da eleição que sagrou Walace Guimarães (PMDB) o novo prefeito da segunda maior cidade do Estado, por suspeita de fraude, conforme oRDNews havia adiantado.
   Roque e Garcez atuam como advogados da coligação “Unidade Democrática Social” (DEM, PRB, PSDB, PPS, PTB, PSDC, PT do B, PTN, PRTB e PTC), da candidata derrotada à Prefeitura de Várzea Grande Lucimar Campos (DEM). Segundo eles, a representação foi embasada em 30 depoimentos de eleitores impedidos de votar, pois outra pessoa já havia votado em seu lugar, e na ata de 21 seções eleitorais onde ocorreu a suposta fraude.
   Os juristas pedem a suspensão da diplomação de Walace e dos 21 vereadores eleitos para a próxima legislatura e, caso comprovada a irregularidade, a realização de novo pleito. Ambos suspeitam que pode ter havido a participação de mesários no ato, a fim de facilitar o acesso dos “fraudadores” às urnas.
   “No ano em que a Justiça Eleitoral completa 80 anos e na eleição da Ficha Limpa essa situação não pode passar despercebida, atentando sobre a soberania do voto do próprio eleitor e contra a democracia”, declarou Garcez em coletiva nesta tarde durante o protocolo da representação no cartório eleitoral.
   O curioso é que tanto Roque como Garcez foram autores de grande parte das ações contra Murilo, que acabou cassado pela Câmara Municipal e pela Justiça. Na sequência, o ex-procurador também foi responsável pela renúncia de Tião da Zaeli (PSD) do cargo de prefeito logo após a eleição, quando amargou o terceiro lugar.
   Acontece que Roque entrou com uma ação alegando que o social-democrata não se desincompatibilizou das empresas para assumir o cargo de vice-prefeito em 2009. Agora, os dois juristas também podem frustrar a posse do peemedebista no Paço Couto Magalhães, marcada para primeiro de janeiro.