Governador não admite que secretaria seja usada como plataforma eleitoral
Camâra Federal
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O deputado federal Wellington Fagundes, que está praticamente descartado da Secopa
RAMON MONTEAGUDO
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) está praticamente decidido a não nomear o deputado federal Wellington Fagundes (PR) na Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Pantanal). Segundo duas fontes, uma do Palácio Paiaguás e outra do PMDB, Silval comentou com interlocutores que preencherá a vaga deixada por Eder Moraes com um profissional de perfil mais técnico que político.
Mais: que não admitirá que o cargo seja usado como plataforma para as eleições de 2014. Silval teme que o evento da FIFA em Mato Grosso, considerado a maior “vitrine” de um governo nas últimas décadas, sofra processo de descontinuidade caso o ingrediente político-eleitoral seja colocado em campo.
Na entrevista que concedeu quando foi indicado pelo Partido da República (PR) ao cargo, há menos de um mês, na recepção do gabinete de Silval, no Palácio Paiaguás, Fagundes deixou claro que a “visibilidade” da Secopa lhe agradava, e muito.
Como, no meio político, é sabido que seu projeto para 2014 é disputar um cargo majoritário – ao governo do Estado ou ao Senado Federal -, a pretensão do parlamentar do PR fica cada vez mais difícil de concretizar.
"Canelada" de Pagot
Mas não é só esse aspecto que afasta, cada vez mais, Wellington Fagundes da Secopa. Na semana passada, ele pediu ao governador um prazo para provar que não tem ligações com a pra lá de enrolada Construtora Delta, suspeita de estar envolvida (até o pescoço) nos esquemas criminosos engendrados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro deste ano.
Só para refrescar a memória, o ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, disse à Revista Época que Fagundes era um dos deputados que defendia os interesses da Delta. A declaração brecou a nomeação do parlamentar e, desde então, o colocou numa fritura em fogo baixo.
Segundo as fontes ouvidas pelo MidiaNews, Silval não “pagaria pra ver”. Ou seja, não se arriscaria a nomear Fagundes para, com o início da CPI do Cachoeira, no Congresso Nacional, ter que demiti-lo caso algum fato novo envolva seu nome. “É a velha máxima: todo mundo sabe como uma CPI começa, mas nunca como acaba”, disse uma das fontes.
Segundo foi apurado, o governador quer evitar, ao máximo, novas turbulências na Secopa, como as que ocorreram com a transformação da Agecopa em secretaria e com a demissão de Eder Moraes. E a nomeação de Wellington seria um risco pois, bastaria ele ter novamente o nome citado no contexto da CPI, para trazer o foco do escândalo nacional para o Palácio Paiguás.
“Ele quer ver as obras nas ruas em ritmo avançado; quer ver o processo do VLT (Veículo Leve sobre Trilho) nos eixos e também avançando. Qualquer passo em falso poderá prejudicar o processo”, disse a fonte.
O Partido da República já teria sido avisado da decisão de Silval Barbosa em descartar Wellington Fagundes. Na semana que vem, a cúpula da sigla deve se reunir para discutir o assunto e comunicar o fato ao parlamentar.






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