José Ribamar Trindade
Em quem acreditar? Estamos vivendo momentos terríveis em se tratando de roubalheira do dinheiro público. As reportagens políticas viraram pautas policiais e estão nas manchetes todos os dias. Os cálculos dos roubos podem chegar a mais de R$ 1 trilhão por ano. Dinheiro suficiente para construir dois hospitais e duas escolas em nível de primeiro mundo nas capitais, e um hospital e uma escola em cada uma das cidades brasileiras em um ano. Prestem atenção: a roubalheira também põe em risco a soberania e a nossa democracia. Democracia conseguida com muito suor, muitas lágrimas e muito sangue. Enquanto, políticos e pessoas que se envolveram com a vida pública pobres de marré,marré marré ficaram ricos do dia para anoite. Quem são eles?
O pior em toda essa roubalheira, é que nenhum ladrão fica na cadeia. Embora presos, os bandidos do colarinho branco: políticos, empresários, advogados, ministros secretários de Estado, policiais, prefeitos, vereadores, funcionários do Judiciário sempre tem uma desculpa na pronta da língua ou um advogado muito bem pagou e muito bem estruído para dizer: “Meu cliente nega tudo e vai provar sua inocência. Todos tem ciência e consciência da impunidade.
Mesmo os condenados. Isso é uma exceção, pois são poucos; todos sabem que não serão obrigados a devolver o dinheiro que roubaram da merenda escolar. Do leite de meninos e meninas nas escolas. Dos medicamentos dos idosos e das crianças. Da construção de hospitais e das escolas para melhorarmos as condições de nossa saúde pública. E melhorar a nossa educação. Aliás, apesar das propagandas governamentais pagas com o dinheiro do povo que paga seus impostos, ,a Saúde e a Educação do Brasil são as piores dos países que querem sair do Terceiro Mundo.
Enquanto, os governantes são obrigados a construírem cadeias, penitenciárias, celas para presos especiais. Aqueles mesmos bandidos do colarinho branco que não podem ficar entre os bandidos que chamam de comuns, embora os do colarinho branco sejam tão perigosos quanto os que roubam um pedaço de pão para comer ou dos que assaltam um banco.
Lugar de bandido, qualquer bandido é na cadeia. Essa é uma opinião generalizada de todos os brasileiros honestos. Sem essa de político-empresário, ou qualquer bandido do colaroinho branco ter mais direitos do os outros bandidos. Aliás, os bandidos que vão presos de verdade são fabricados pelos bandidos que ficam nos gabinetes ou atrás de distintivos e fardas de uma Polícia paga com o dinheiro do povo de todas as classes sociais, pois todos, pobres ou ricos pagam seus impostos. Impostos que já vem embutidos em tudo que se compra e se paga neste país, do Oiapoque ao Chuí.
É muito triste sabermos que um Político ganha mais de R$ 100 mil por mês para não fazer nada, e ainda se envolve em roubos. É muito triste sabermos que um senador da República recebe mais de R$ 40 milhões por ano e ainda se envolve com roubos ou dá cobertura a quem rouba.
É muito triste sabermos que partidos políticos fazem propaganda de suas propostas e chamam a comunidade para se filiar, quando na realidade querem engrossar suas fileiras para cobrar mais dinheiro, poder e cargos do Governo Federal, que destina alguns bilhões anualmente para os partidos mais fortes e também para os considerados nanicos realizarem suas “farras”.
Se vocês nãos abem, existem políticos, que como qualquer bandido nunca trabalharam. Nunca tiveram suas carteiras profissionais assinadas. A maioria sempre viveu de esmola nos gabinetes das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais. Muitos conseguem dinheiro dos partidos, principalmente nos períodos eleitorais.
São os famigerados cabos eleitorais. Aqueles que vendem até a alma deles e de seus eleitores em troca de uma migalha que nunca resolveu a situação e os problemas, nem dos cabos eleitorais, que continuam pedindo esmola, e a situação dos eleitores, que a cada dia se afundam mais na miséria.
Muitos até arrumam emprego, mas para os outros, menos para eles,é claro, pois só sabem “mamar” nas tetas gordas dos governos: federal, estadual e municipal. Esse tipo de gente é sustentada com o dinheiro que os políticos roubam do bolso dos brasileiros.
Não é surpresa para ninguém, que o Governo, o Congresso, as Assembleias e a Câmaras Municipais estão recheadas de políticos cassados por todos os tipos de delitos como o atual senador Fernando Collor de Melo, ex-presidente da República, cassado por seu envolvimento em roubos aos cofres públicos.
Sem contar com senador Jader Barbalho, que até 1970 tinha apenas um Fusca velho, e hoje é um dos homens mais ricos do Estado do Pará e do país. Mesmo renunciando depois de ser preso pela Polícia Federal e exibindo com algemas, Jader Barbalho consegue se eleger em outras eleições. Algumas pessoas, inclusive determinados jornalistas que cobrem a área política neste país, alegam, que o povo brasileiro vota em político ladrão porque não sabe votar.
Mentira. O povo brasileiro sabe votar sim. O povo só não tem como rejeitar R$ 100 na véspera de uma eleição quando ele está passando fome. Aliás, existe uma história real contada por ex-prefeito de Cuiabá. Depois de construir mais de 20 obras, uma mais grandiosa que a outra no Jardim Vitória, o prefeito teve a maior decepção de sua vida política: foi traído pelo dinheiro.
Dois dias antes das eleições para deputado estadual, um candidato que nunca pisou no Jardim Vitória mandou uma equipe financeira para lá e o resultado foi estarrecedor em favor do desconhecido candidato a deputado. Ele que nunca os eleitores viram a cara, teve quase 2.000 (dois mil votos), enquanto o nosso prefeito não conseguiu, sequer 100 votos.
Também é bom lembrar, que De Gulle, ex-presidente das França foi duramente critica quando anunciou, sem medo de errar e de ser feliz: “O Brasil não é um país sério”. Agora um estrangeiro funcionário da Fifa foi ainda mais corajoso: “O Brasil precisa de um chute no traseiro”. Os dois estavam. Aliás, os dois estavam não, estão certos. Basta olhar para o que o quadro negro da corrupção, principalmente agora. Tem neguinho brigando para estar à frente do dinheiro da Copa, não porque é nacionalista, mas porque quer roubar.
Em Mato Grosso, por exemplo, os Ministérios Públicos, Federal e Estadual, além das Polícias Federal e Civil precisam dar uma resposta à sociedade sobre uma montanha de dinheiro que foi roubada dos cofres públicos nos últimos 18 anos. É um escândalo atrás do outro e ninguém vai preso, muito menos devolveu o dinheiro que roubou.
Atendendo à pedidos, a reportagem vai escrever vários artigos sobre a corrupção, principalmente em Mato Grosso. Vai mostrar quem era pobre e milagrosamente ficou rico como em um passe de mágica sem ganhar um prêmio grande de loteria.
José Ribamar Trindade é Jornalista em Cuiabá






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