Galindo reclama da falta de recursos federais e Maggi dá nota 9 para obras

Comitiva do Senado e TCU visitaram Cuiabá na manhã desta quinta-feira para vistoriar as obras para a Copa do Mundo 2014.






ALLINE MARQUES



Mais de 10 obras relacionadas a Copa do Mundo foram visitadas pela subcomissão Permanente de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 do Senado. Apesar do andamento, a reclamação é da falta de apoio do governo federal para a realização do evento. O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), aproveitou a presença dos senadores Blairo Maggi (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) para reclamar.

Galindo acompanhou a comitiva de autoridades e aproveitou para mostrar o Programa Poeira Zero. Em uma das paradas, no bairro Jardim Itália, em uma ‘roda’ com os parlamentares, o governador Silval Barbosa e técnicos do Tribunal de Conta da União (TCU), o prefeito pediu até para constar do relatório a ausência de recursos federais.



Mayke Toscano/Hipernoticias



Chico Galindo aproveitou visita de autoridades para reclamar da falta de recursos federais nas obras da Copa do Mundo de 2014





Isso porque, com exceção das obras das trincheiras que receberam parte do recurso por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), todas as outras ações são feitas com 100% de financiamento pelo Estado, que terá de arcar com todos os custos, inclusive o do Veículo Leve sobre Trilhos, estimado em R$ 1,4 bilhão. Além das obras de mobilidade urbana, o estádio também é feito com recurso estadual.

Cuiabá foi a segunda cidade visitada pela comitiva do Senado e num comparativo simplista com a primeira capital vistoriada, que é Curitiba, o senador Blairo Maggi destacou que as obras de mobilidade na capital paranaense estão muito mais adiantadas, porém a situação do estádio é preocupante. Já em Cuiabá a situação é inversa.

Maggi admitiu existir atrasos, mas colocou Cuiabá no mesmo nível de outras cidades. “Atrasos existem, mas a exemplo de outras cidades-sedes da Copa”, reforçou o parlamentar eleito por Mato Grosso. Ele é um dos responsáveis pela realização do evento na capital.




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Silval Barbosa e Blairo Maggi durante visita à obra de construção da ponte sobre o Córrego do Pari, em Várzea Grande




Apesar dos atrasos, Maggi disse que seu grau de satisfação é ‘nove’ com as obras visitadas e garante que diante do que foi visto, Cuiabá não terá problemas. Além disso, o senador fez questão de lembrar que senão fosse a Copa a capital mato-grossense levaria mais de 40 anos para conseguir todos estes investimentos.

Sobre a possibilidade de algumas ações não ficarem prontas, conforme adiantou a Fifa, Maggi ressaltou que o compromisso das autoridades não é com a Fifa e sim com a população. “Não quero trabalhar com o cronograma da Fifa, temos um compromisso com a população de cada cidade. Se a Fifa admite, então chegou a hora dos governadores e prefeitos mostrarem o contrário. Diante do que vi não creio que teremos problemas nas obras que visitamos”, afirmou durante entrevista coletiva realizada na arena pantanal logo após o término das visitas.



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Silval Barbosa durante entrevista coletiva concedida na Arena Pantanal após o fim da visita às obras



VLT

Sobre o VLT, Maggi preferiu passar a responsabilidade para o governador Silval Barbosa (PMDB). Vale lembrar, que o senador foi um dos defensores para a execução do projeto do Bus Rapid Transit (BRT). Mesmo assim, o parlamentar adiantou que mesmo que o modal de transporte não seja concluído até a Copa será deixado como um legado a ser continuado pelos próximos governantes.

TRANSTORNOS

Um dos assuntos também foi o transtorno que as obras da Copa têm causado, porém, o governador Silval Barbosa ressaltou que é necessária a compreensão, pois são ações que irão melhorar a vida das pessoas. Maggi reforçou o discurso e ressaltou que as pessoas serão incomodadas, mas a Copa do Mundo deixará um legado. “Temos a certeza de que existirá Cuiabá antes e depois da Copa”, afirmou o parlamentar.