Para especialistas, com 30% a 40% de rejeição é impossível candidatura
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Sempre encontro gente perguntando quem é que ganha a eleição em Cuiabá. Ninguém tem essa reposta, não há bola de cristal deste tamanho.
Mas respondo que hoje a discussão não é essa: é saber quem será candidato a prefeito.
Em tantas outras eleições, nesta altura do campeonato, já se sabia quem seriam os candidatos a prefeito na capital. Neste ano, por diferentes fatores, essa definição está demorada.
Vejamos três desses casos.
Mauro Mendes (PSD), até anteontem, era candidato a prefeito. Ele está numa sinuca de bico. Uns entendem que ele deve se resguardar agora, aproveitar para viajar pelo estado nesta eleição, estadualizar ainda mais seu nome (não esquecer que ele já foi candidato ao governo) e ser o candidato a governador do grupo no poder em 2014.
Outros devem estar buzinando no ouvido dele que o mais sensato seria sair candidato agora, ganhar a eleição e chegar forte em 2014 dentro do grupo para pleitear a candidatura ao governo. Se ficar de fora agora poderia ser esquecido no meio do caminho. No cargo de prefeito da capital a conversa seria outra.
Também deve pesar em sua decisão a questão financeira. Para prefeito parece que banca quase sozinho a candidatura. Para o governo há sinalização de que o grupo o ajudaria financeiramente. Essa confusa situação já levou o Mauro a mudar a data de sua decisão de que será candidato ou não a prefeito.
Frente à indefinição, o PDT que o apoiava já fala em lançar Kamil Fares como candidato. Também não se pode colocar ainda o Chico Galindo (PTB) no mapa das candidaturas. O que pode estar atrasando a definição deve ser a rejeição do prefeito.
Especialistas dizem que entre 35 e 40 por cento de rejeição é quase impossível uma candidatura. O prefeito está com quase 60%.
Ele parece que quer desafiar esse fator. Pela legislação eleitoral, a prefeitura só pode fazer propaganda de seus feitos até o fim de junho. Ele pode sair candidato para, durante a campanha, mostrar o que fez ou estaria fazendo sua administração.
Pode ser candidato, mas não disse isso claramente. É outra indefinição.
O PT ainda depende de votações em instâncias internas para definir um nome. Tem gente ali que quer o partido apoiando alguém do grupo de sustentação ao governo. E se falouainda que, em troca do apoio ao Fernando Haddad em S. Paulo, o PT poderia apoiar aqui um candidato do PSD ou do grupo de apoio à Dilma. Mais uma indefinição.
Desunido, o PT não tem condições de ganhar a eleição na capital. A missão maior de quem fosse escolhido seria tentar unir o partido pensando no futuro. Isso talvez seja mais importante que a eleição.
A definição de todas as candidaturas em Cuiabá se dará na undécima hora. Ou, como se falava antes, na madrugada da convenção de escolha de candidatos.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é professor universitário e articulista político.
pox@terra.com.br
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