
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) tem sentido na pele a dura diferença entre administração privada e pública. O plano para construção de um novo Pronto-Socorro, novas escolas e creches devem ficar, só para o segundo semestre. Isso porque, ele herdou do seu antecessor, Chico Galindo (PTB) uma dívida quase que bilionária, sendo assim impossível concretizar suas promessas de campanha. Ele anunciou "linha dura" nos gastos, diante do quadro que lhe foi apresentado.
Na presença massiva de vereadores, Mendes apresentou nesta quinta-feira, 7, relatório contendo a situação financeira de Cuiabá – a qual considerou ir de mal a pior. Hoje, a Prefeitura de Cuiabá deve R$ 968.463.969,00. Destes, R$ 729.012.264,40 são da administração direta. Outros R$ 229.182.988,00 são referentes à administração indireta São cerca de R$ 300 milhões a mais do montante inicial apresentado por Chico Galindo, ao prefeito recém eleito, quando o débito soma, apenas, R$ 600 milhões. À época, Galindo, prometeu deixar a “casa em ordem” para o próximo gestor.
Preocupado em dar transparência à situação financeira da municipalidade, e sem criticar Galindo, Mendes tenta não lamentar a falta de recursos e adianta que não haverá, por enquanto, investimentos. Dos R$ 80 milhões previstos para arrecadação, serão empenhados pelo Executivo, para a quitação de parte dos débitos: R$ 77.001.821,41. Ou seja, além de pagar menos de 10% da dívida total, sobram míseros R$ 3 milhões, o que seria insuficiente para quitar a folha de pagamento da Prefeitura.