Homem é investigado por abuso sexual em Santiago


Suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Civil por posse de arma de fogo

Lizie Antonello  |  lizie.antonello@diariosm.com.br
Um homem de 62 anos foi preso pela Polícia Civil de Santiago, na manhã desta sexta-feira, no interior do município. Ele é investigado por abuso sexual praticado contra a enteada dele de 15 anos e por violência doméstica contra a mulher com quem vivia de 51, mas foi preso em flagrante por posse de arma de fogo.
No dia 1º de julho, o Conselho Tutelar denunciou o caso de suposto abuso à polícia, que instaurou um inquérito no dia 3. Segundo o delegado João Carlos Brum Vaz, foram pedidos à Justiça o afastamento do suposto abusador das supostas vítimas e mandado de busca e apreensão em duas casas pertencentes ao suspeito.
No dia 4, a Justiça decretou o mandado de busca e a medida protetiva, determinando que o suspeito mantenha distância de pelo menos 300 metros das supostas vítimas.
Nesta sexta, policiais civis, acompanhados de um oficial de Justiça, foram às casas e, em uma delas, encontraram dois revólveres calibres 38, duas espingardas calibres 22 e munições, parte de origem estrangeira. Diante disso, o homem foi preso em flagrante, apresentado na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento, onde foi atuado por posse ilegal e receptação de armas e munição. Um revólver e uma espingarda estavam com registros vencidos na Polícia Federal — um desde abril e outro desde o início do mês. O outro revólver e a espingarda não são cadastrados. O homem foi encaminhado ao Presídio Estadual de Santiago.
— O suspeito usaria as armas para constranger a mulher e a adolescente e praticar a violência — comentou o delegado.
A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito que investiga o abuso sexual contra a adolescente que teria começado em 2011 e ocorreria até hoje e a violência doméstica contra a mulher com quem vivia em união estável há 10 anos. Ambas as supostas vítimas prestaram depoimento ontem e confirmaram as agressões. Conforme o delegado, constrangida, a adolescente preferiu escrever como ocorriam os abusos.
— Ele controlava até a rotina dela (adolescente) na escola e tinha ciúme dos colegas dela — relata o delegado.