Álisson Castro . portal@d24am.com
Comissão terá apoio da Polícia Federal, do MPF e de outros orgãos
[ i ]
Manaus - Uma força-tarefa formada por órgãos do governo federal para combater crimes de pedofilia irá atuar em Coari nos dias 8 e 9 de agosto, informou, nesta terça-feira a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes, deputada federal Érika Kokay (PT-DF).
A criação da força-tarefa foi definida durante audiência da CPI com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes. Entre os órgãos que participarão da ação em Coari estão Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente (Conanda), além do apoio de órgãos do governo do Estado, que ainda será solicitado pela CPI.
“Saímos da audiência com o compromisso da Secretaria de Direitos Humanos de levar para Coari programas de proteção a crianças e adolescentes, além da construção da força-tarefa onde vamos continuar o processo de investigação. Um terceiro aspecto é a pauta que será feita com o Conanda para que tenhamos uma representação do órgão naquele município”, explicou Kokay.
Nos dias 8 e 9, membros da CPI estiveram em Coari para colher depoimentos de testemunhas que acusaram o prefeito do município, Adail Pinheiro, de fazer parte de uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Na manhã desta terça-feira, o deputado estadual Luiz Castro esteve no Ministério Público do Estado (MP-AM) para pedir a inclusão de duas pessoas que testemunharam na CPI em Coari no Programa de Proteção à Testemunha (Provita).
Vereadores de oposição ao prefeito de Coari também estiveram em Manaus. O presidente da Câmara Municipal, Antônio Adenilson (PMN), informou que eles foram ao Comando da Polícia Militar denunciar o uso político das forças policiais pelo prefeito e a demissão de 5 mil cargos comissionados.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Prefeitura de Coari informa que apoia a vinda de uma força-tarefa desde que a intenção seja investigar com imparcialidade os fatos para que o foco da CPI seja preservado.
Sobre o pedido de proteção a testemunhas, a assessoria informou que desconhece qualquer tipo de ameaça e que a administração municipal não apoia este tipo de atitude.
Em relação às demissões de funcionários, a prefeitura informou que foram necessárias devido à queda na receita da prefeitura. Quanto à relação da administração municipal com a Polícia Militar, a assessoria nega o uso político e ressaltou a queda da violência na cidade.
Fonte: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/cpi-da-pedofilia-decide-enviar-forcatarefa-para-coari/91378





