Combate à Pedofilia no Brsil depende da condição do agressor


Gazeta MT
Nesta semana um pastor evangélico de Cáceres foi condenado a 32 anos de prisão por ter abusado sexualmente da própria filha e também de uma enteada, ambas menores de idade. As provas contra ele foram basicamente os depoimentos das vítimas, algo que é comum nesse tipo de crime. Isso, claro, quando o acusado também é considerado uma pessoa 'comum'.
Em um outro caso de pedofilia, envolvendo o juiz Fernando Marques de Sales, a condução foi gritantemente diversa. Desde 2010 ele é investigado por ter abusado de várias crianças quando atuava na comarca de Paranatinga. Há depoimentos de várias vítimas e, diferente do homem condenado em Cáceres, o próprio magistrado teria admitido nos autos que manteve relações sexuais com pelo menos uma das adolescentes que o denunciou.
Apesar das provas, Fernando Marques Sales continua livre. Foi 'condenado' apenas a se aposentar, mantendo o direito ao polpudo salário pago aos juízes. E ainda está recorrendo contra a sentença, que, para os comuns, mais parece um prêmio.
Nesta semana o pleno do TJMT julgou os embargos de declaração interposto pelo juiz e manteve a decisão de aposentá-lo. A defesa de Fernando Marques tem ainda um Mandado de Segurança e promete manter a luta para reconduzi-lo ao cargo.
As vítimas dele, por outro lado, lutam para tentar se livrarem do estigma e, quem sabe, um dia voltarem a ter uma vida normal.
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