Patrícia Sanches
Entre os pré-candidatos, Maggi era considerado como o favorito. Republicanos ainda acreditam na candidatura dele. Por enquanto, entre os que não escondem a vontade de disputar o governo de Mato Grosso está o senador Pedro Taques. O PT, por sua vez, tenta convencer o juiz federal Julier Sebastião da Silva a encarar as urnas.
Maggi pontua ainda que, como senador, pode fazer a própria agenda, diferente do período em que atuava como chefe do Executivo. “Governador não faz a agenda dele, se um problema chegar a tarde e, ele não resolver, o problema fica grande”, revela.
Quase três anos após o término do seu mandato, Maggi faz uma espécie de balanço sobre como deixou a máquina administrativa para o sucessor Silval Barbosa (PMDB). O republicano destaca que passou quase oito anos pagando dívidas e que, durante a sua administração, fez apenas um empréstimo, para comprar máquinas para os 141 municípios do Estado.
Além disso, Maggi reconhece que o episódio “manchou” o seu governo, mas lembra que foi ele próprio quem determinou a investigação imediata por meio da Auditoria Geral do Estado e do Ministério Público. “Acho que errei, deveria ter chamado a imprensa e ter dito o que eu tinha visto até aquele momento , sem fulanizar. O fato é que tivemos problema na licitação, que ocasionou prejuízo de R$ 44 milhões, mas cerca de R$ 25 milhões foram devolvidos. Errei por não ter eu mesmo explicitado isso”, afirma.
De todo modo, Maggi alega que foi justamente neste momento, no final de seu mandato, que o Estado passou a ficar adimplente e apto para receber os recursos necessários para viabilizar, por exemplo, as obras da Copa de 2014. “Reconheço que existem críticas, mas a mim elas não afetam porque eu sei o que eu fiz e o porque fiz”, ressaltou o republicano, ponderando que investiu em todas as áreas e não apenas em infraestrutura.
Senado
Ao fazer o balanço, Maggi reforça que agora está em outro momento da sua vida política e que pretende concluir o mandato de senador. Ressalta estar satisfeito com a sua atuação e lembra que, hoje, é presidente da Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle e membro das Comissões de Infraestrutura e de Constituição e Justiça. “O que eu não sou é um senador de tribuna, sou o que menos uso, mas, se acompanhar as comissões, tenho certeza que sou o mais presente”, destaca.
Ainda nesta mesma linha, Maggi reforça ter censo para não ser “oportunista”, indo na tribuna para ficar criticando a toda hora. Ele reforça, no entanto, que isso não significa dizer que os demais estão errados, mas que é uma questão de estilo. “Sou mais articulador, discurso não é o meu forte. Meu forte é trabalhar e montar os projetos. Talvez as pessoas nos julguem pela quantidade que vem na tribuna”, concluiu.