Taques defende Demóstenes e bate-boca com deputado

Nayara Araújo e Patrícia Sanches

   A sessão do depoimento da CPI do Cachoeira, que ouviu o senador Demóstenes Torres (sem partido), nesta quinta (31), terminou em bate-boca entre o senador Taques (PDT) e deputado Silvio Costa (PTB-PE). A confusão começou depois que Taques criticou a postura de Silvio e saiu em defesa de Demóstenes, no sentido de que o parlamentar estava em seu direito constitucional, de permanecer em silêncio.



Taques se irritou com Silvio, que questionou o investigado e o chamou de hipócrita e mentiroso. "O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa”, gritava Silvio contra Demóstenes. Taques, por sua vez, pediu questão de ordem e reclamou da situação, que segundo ele, contraria o direito de defesa. “Não cabe a qualquer parlamentar expor o outro, mesmo em se tratando de CPI. Nós todos conhecemos a gravidade deste processo, mas o princípio constitucional da pessoa humana deve ser respeitado", defendia.

Irritado, Silvio Costa afirmou que a fala de Taques não tinha “começo, meio e fim”. Chegou a disparar que Taques é um “merda”. "O senhor interrompe a minha fala sem começo meio e fim. Vossa exelência precisa respeitar os companheiros".

A agressão verbal teve troco. Na tréplica, o pedetista disparou que o petebista não deveria lhe medir por essa régua. Em meio a confusão, o presidente da CPI desligou o microfone de Silvio, que não se incomodou e prosseguiu com seu discurso.

Após o bate-boca, Vital do Rêgo, decidiu encerrar a sessão e liberou o acusado. Em tom exautado, ele garantiu que não havia a menor condição de prosseguir com os depoimentos. "Os senhores passaram da conta", esbravejou.

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