Em Bauru, no interior de São Paulo (329 km da capital), o clima é de perplexidade e revolta com o caso do advogado S.L.F., 45, acusado por dois filhos e outros dois parentes de abuso sexual.
O advogado é conhecido na cidade por seu trabalho nos sindicatos dos bancários e dos servidores municipais. Ex-colegas de S.L.F. nos dois sindicatos disseram à Folha que ele é bastante respeitado por não cobrar honorários de clientes sem recursos financeiros e por sua militância política. Eles se dizem perplexos com as acusações.
O advogado foi filiado ao PSTU até 2008, e já se candidatou a prefeito e vereador, mas perdeu nas duas ocasiões.
Segundo pessoas que já trabalharam com ele, S.L.F. tem origem humilde e se formou em direito com o apoio da mulher, que pagou parte do curso com o dinheiro obtido numa barraca de lanches. O local ainda funciona, mas nenhum funcionário quis falar sobre o casal.
Atualmente, o advogado e a mulher moram em uma casa de alto padrão, com três vagas na garagem, num bairro de classe média alta de Bauru.
Nas eleições de 2008, ele declarou ter mais de R$ 250 mil em bens.
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