Diretor do maior portal de combate a pedofilia do centro oeste mostra indignação com casos recentes de pedofilia

O vereador Antonio José de Oliveira – Toninho do Gloria líder da bancada do (PV) na noite desta sexta-feira (18) deu uma entrevista ao site MT24HorasNews para mostrar os dados da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) de Cuiabá Que de janeiro até os primeiros dez dias do mês de novembro, deste ano, 388 inquéritos já foram instaurados pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) de Cuiabá. De acordo com a delegada Liliana Murata, 50% das investigações estão relacionadas a crimes sexuais, sendo exploração ou abuso de menores. Já o restante dos inquéritos faz referência a delitos envolvendo lesão, maus tratos, abandono, entre outros.

Ainda segundo o levantamento realizado pela Deddica, no ano de 2010, durante o mesmo período analisado, os crimes envolvendo crianças e adolescentes chegaram a marca de 333 ocorrências, ou seja, este ano os delitos já são 16,5% a mais que no ano anterior.

“Há situações em que precisamos analisar o fato para que o inquérito seja instaurado, pois nem sempre as denúncias são nítidas ao ponto de nos revelarem quem é a vítima ou o agressor destes menores. Porém há situação em que no momento que o fato nos chega, se já temos 70% de certeza sobre a ocorrência, a investigação é instaurada”, explicou Liliana.

Segundo a delegada, dos casos registrados este ano e também em 2010, grande parte das vítimas sobre violência sexual são crianças, ou seja, menores com até 12 anos. “No que diz respeito aos agressores, estes são em sua maioria homens e sempre pessoas muito próximas da criança, como pai, tios, padrasto, padrinho, um vizinho da família que está sempre presente em casa, irmão, e outros”, explicou Murata.

Ele informa ainda que os casos são sempre parecidos. O agressor se aproxima da criança ou adolescente, oferecendo ‘recompensas’, como doces, dinheiro, computadores e por fim pratica o delito. “Quando ouvimos os depoimentos dos acusados, na maioria dos casos, os mesmos negam que teriam feito algo com a criança ou adolescente. Porém quando há a confissão, a desculpa é que estava bêbado, ou algo parecido, e não tinha consciência do que estava fazendo”.

Em relação ao tipo de violência sexual, a delegada informa que os casos de abuso contra crianças e adolescentes são o mais frequentes na capital. “Os crimes de exploração, que são aqueles em que já há o comércio dos menores, são os mais difíceis de serem denunciados. Já os delitos de abuso sexual, ou seja, aquele que chamamos de estupro de vulnerável, diariamente são registrados’.

 Toninho do Gloria mostrou indignação com os casos. Ele disse que a criação, do Fórum Estadual Permanente de Combate à Pedofilia deve ajudar no debate sobre como enfrentar o problema e fará do Legislativo Várzeagrandense um dos primeiros do país a instalar um espaço para discutir o tema.
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