O coordenador de Recursos Humanos Eliezer Pedroso, de 26 anos, e um amigo, lavraram um boletim de ocorrência contra a Guarda Municipal de Balneário Camboriú neste domingo. Eles afirmam junto com outros gays teriam sido vítimas de abuso de poder de uma guarda municipal por volta das 21h. Segundo Pedroso, ele e seu amigo Marcos estavam no píer do Pontal Norte, quando viram um casal gay ser abordado pela guarda Leila que ao ver que estava sendo filmada pelo celular dos rapazes pediu reforço e prendeu os dois por desacato. O amigo teria ficado detido por duas horas em uma delegacia da polícia civil. Pedroso afirma que ele e seu amigo foram algemados e levados à delegacia, durante o trajeto, os dois teriam recebido golpes de cassetete, além de serem xingados. Os arquivos de vídeo teriam sido apagados pelos guardas que fizeram ainda um registro contra eles por desacato. Os rapazes ainda reclamam que a Polícia Civil não quis incluir o nome da guarda que teria começado a agressão. Agora, os rapazes tentam resgatar as imagens apagadas de seus aparelhos celulares para comprovar a violência que sofreram e suas versões do ocorrido.
Segundo o secretário Municipal de Segurança e Incolumidade Pública de Balneário Camboriú, Nilson Probst, o rapaz está faltando com a verdade em suas afirmações e pode responder por calúnia e difamação. Segundo o secretário, houve uma discussão no local por conta de gays que defendiam o direito de ali fazerem sexo, inclusive com alguns deles sem roupas, e que a guarda e os demais guardas seguiram a sua determinação de orientar que o local não é adequado para isso. Probst afirma que o local é usado por famílias durante o dia e que havia centenas de camisinhas no local que foram removidas esta semana. “Quem quiser fazer sexo, vá para um motel”, disse o secretário que fez questão de dizer que nada tem a ver com a sexualidade dos freqüentadores e que casais heterossexuais também estão proibidos de usar o local para fins sexuais. Segundo o secretário, se houver uma denúncia formal, a Corregedoria irá ouvir novamente os guardas mas afirmou que tem convicção de que seus homens estão falando a verdade. “O guarda estava fazendo o seu trabalho, fazendo as suas funções”, afirmou Probst.
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