O governador Mauro Mendes (União) decidiu se reaproximar do deputado federal e pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP), para evitar rompimento definitivo com o PSD, PP, MDB e PSB. Com isso, Mendes sinaliza manter o grupo unido e consequentemente volta a se distanciar do senador Wellington Fagundes (PL).
Mendes esteve reunido por cerca de 3 horas com Geller no Palácio Paiaguás na última sexta-feira (1º). Conforme a reportagem de A Gazeta apurou com interlocutores do Paiaguás, Mendes pediu oficialmente para Neri Geller volte a ficar mais próximo do governo e participe de todas agendas do governador pelo Estado.
Já Neri reafirmou que sua candidatura ao Senado está consolidada e que não tem como voltar atrás, mesmo se o governador pedir mais na frente. Mendes disse que compreende a situação e que não tem nenhum pré-acordo com Fagundes para que ele seja o candidato ao Senado em sua chapa de reeleição.
Mendes ainda afirmou que não tem conversado com Wellington nos últimos dias e que, por isso, precisa que o grupo permaneça unido e próximo do seu governo.
Nos bastidores, a análise mais recorrente é de que a movimentação de Mauro Mendes em se aproximar de Fagundes e do PL ocorreu para evitar a construção de uma candidatura bolsonarista ao governo em Mato Grosso.
A movimentação surtiu efeito, já que o PL de Bolsonaro e Wellington Fagundes conseguiu aglutinar a maioria dos parlamentares bolsonaristas na sigla, evitando assim a construção de uma candidatura ao governo até o momento.
Caso isso se confirme, quem terá problemas será Wellington Fagundes, que iniciou uma aproximação com Mauro Mendes nacionalmente sem passar por seus aliados locais, como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MBD) e o senador Jayme Campos (União), que acabou se aproximando de Geller após a reunião entre Mendes e Valdemar Costa Neto, o cacique nacional do PL.
Grupo tem força
A reaproximação de Mauro Mendes com Neri Geller também aponta a força dos partidos que o defende como candidato ao Senado. O PSD e PSB possuem as maiores bancadas depois da janela partidária, com 3 parlamentares cada. As duas siglas se juntam ao MDB e a União Brasil, que também possuem 3 deputados cada legenda.
Para aliados do governo, Mauro Mendes tem, nos últimos dias, mais dúvidas do que certezas, seja de sua candidatura ou das alianças que precisa fazer para pavimentar a sua reeleição. “O governador Mauro Mendes tem pensado bastante como irá agir daqui pra frente. O último mês foi bastante conturbado. Ele tem chamado algumas lideranças em quem ele confia, mais para ouvir do que falar”, disse um secretário que pediu anonimato.
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