Nesta terça-feira (28), o grupo esteve na Praça Alencastro alinhando questões relacionadas à estrutura e programação
Programada para ocorrer nesta sexta-feira (31), a partir das 18h, a primeira “Celebração Ecumênica dos 300 Anos” entrou na fase final de preparação. Na tarde desta terça-feira (28), representantes de diversas etnias estiveram presentes na Praça Alencastro, local escolhido como palco do evento, para acertar os últimos detalhes, referentes à estrutura do espaço e a programação que será ofertada ao público.
A grande celebração está sendo preparada pelo Comitê dos 300 Anos, que foi instituído pela Prefeitura de Cuiabá com o intuito de reunir os diferentes segmentos da sociedade civil organizada para que, de forma voluntária, cada um consiga dar sua colaboração dentro das ações voltadas para o tricentenário da Capital. O ato tem como propósito principal levar à população uma mensagem de paz e união entre as diferentes etnias.
Contando com uma participação ativa da Secretaria Extraordinária dos 300 Anos, o evento representa a união entre o poder público e representantes de segmentos como os povos indígenas, ciganos, católicos, quilombolas, evangélicos, espíritas kardecistas, muçulmanos, umbandistas e candomblecistas. Com a soma de esforços, de pessoas de diferentes etnias, a ideia é transmitir a importância de todos trabalharem juntos em prol de uma sociedade melhor.
“Esse é o primeiro passo que estamos dando já pensando em um evento maior. Em 2019, chegaremos à histórica data dos 300 anos de Cuiabá e pretendemos fazer essa grande celebração na Arena Pantanal, para um público de milhares de pessoas. A Secretaria dos 300 Anos está sempre buscando fomentar a participação da sociedade nos projetos que estão sendo desenvolvidos. Acredito que essa celebração demonstra que estamos no caminho certo dentro desse processo”, explicou a assessora estratégica da Sec 300, Silvana Cordova.
Conforme destacado pelo cigano do grupo Calon, Marcos Gattass, a realização do evento representa um marco para Mato Grosso, não só para a comunidade que representa como também para todos os envolvidos na programação. “Tenho certeza que será um importante momento de união e paz. De forma muito objetiva, vamos ter a oportunidade de transmitir ao público a liberdade dos povos ciganos, conforme pregado pelo nosso lema que é ‘O céu é o nosso teto e a pátria a nossa liberdade”, comentou.
Para o representante da Federação Nacional de Umbanda e dos Cultos Afro-brasileiros (Fenucab), “Pai” Júnior de Xangô, a “Celebração Ecumênica” é o tipo de evento que consegue demonstrar que uma sociedade igualitária somente pode ser constituída de maneira conjunta. “São diferentes esses povos, com pensamentos e características distintas, que dão sua contribuição para o desenvolvimento de políticas socioculturais, ajudando no enriquecimento da história de uma cidade”, argumentou.
De acordo com o presidente do grupo “Unegro Pantanal”, José Pereira Filho, o ato carrega um valoroso significado de combate à intolerância religiosa, tendo em vista que todas as etnias estarão reunidas em prol de um só propósito, levando a mensagem de harmonia entre os povos. “São esses atributos que devemos sempre procurar preservar, celebrar e difundir. Somente desta forma, conseguiremos conceber um mundo sociável e com toda harmonia que se deve ter uma população”, salientou.