Bombardeado por denúncias de participação em escândalos de corrupção nos últimos dias, o governador Pedro Taques (PSDB), candidato a reeleição, questionou a veracidade do depoimento do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, que o acusa de ser o “maior interessado” no esquema da ‘grampolândia’. Além disso, o chefe do Executivo defendeu que as delações premiadas homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o associam a fraudes na Secretaria de Educação (Seduc), não são “instrumento de condenação”.
Leia mais:
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- Delação de empresário que acusa Taques de esquema é homologada pelo STF
- Em delação, ex-secretário afirma que Taques pediu para "facilitar" licitações em esquema para quitar dívidas
“Existe corrupção em todos os lugares, o que nos diferencia é a forma como nós lidamos com isso. Nós tomamos todas as providências. Sobre delação, isso está sendo levantado pela Justiça. É fato que houve esta delação? Os documentos foram juntados? Delação não é instrumento de condenação. Veja que recentemente o cabo Gerson, nesse caso da Grampolândia, disse que o Ministério Público é envolvido em grampo. Eu não acredito nisso”, declarou Pedro Taques, em entrevista à Rádio Centro América FM, na manhã desta quarta-feira (29).
Nos últimos dias, o jornal Folha de S. Paulo revelou que o ministro Marco Aurélio, do STF, homologou os acordos de colaboração premiada do empresário Alan Malouf e do ex-secretário de Educação Permínio Pinto, ambos envolvidos no esquema de fraude em contratos da Seduc para beneficiar empreiteiras em troca de propina para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2014.
Tanto Malouf quanto Permínio Pinto afirmam em suas delações que Pedro Taques tinha total conhecimento do esquema. O ex-secretário de Educação teria, ainda, entregue mensagens de WhatsApp aos investigadores, em que o governador aparece pedindo para que ele facilitasse licitações, com o objetivo de beneficiar os seus credores.
Conforme as declarações de Permínio, Alan Malouf e o ex-chefe da Casa Civil e primo do governador, Paulo Taques, seriam responsáveis para que juntos com os demais secretários "encontrassem uma forma de captar recursos para quitar dívidas de campanha deixadas para trás".
O governador nega todas as acusações. “Cada um vai responder pelos seus atos. Nós temos que dar a essas pessoas o direito constitucional à defesa. Eu quero falar com o cidadão que me conhece, quero falar a ele que a nossa administração nesses três anos e meio passou por muitas dificuldades. Mas nós superamos todas essas dificuldades. Todas as medidas foram tomadas e estão na Justiça. Eu não posso ser responsabilizado por atos que eu não pratiquei”.
Grampolândia
No dia 28 de julho, em uma sessão que se arrastou por mais de onze horas perante à 11ª Vara Militar, o cabo Gerson afirmou que o interesse da barriga de aluguel (artimanha usada para garantir as escutas mediante a falsidade ideológica de informações) seria do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que é primo do governador do Estado.
Em seu pedido, o advogado do cabo Gerson, Neymam Augusto Monteiro, justificou que “devido à fadiga que tomou conta do acusado em face do longo tempo pelo qual foi perquirido pelo Conselho de Justiça, restaram alguns pontos que necessitam ser esclarecidos, o que demanda designação de novo interrogatório”.
A nova inquirição foi agendada em atendimento à solicitação do militar que prometeu revelações 'bombásticas' quanto ao envolvimento de autoridades no esquema de 'grampos' em Mato Grosso. Dessa vez, ele afirmou que recebeu proposta financeira de Paulo Taques para 'blindar' o suposto mentor do esquema, Pedro Taques. Acusou também o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de forjar informações para dar subsídios a busca de dados e interceptações.
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Nos últimos dias, o jornal Folha de S. Paulo revelou que o ministro Marco Aurélio, do STF, homologou os acordos de colaboração premiada do empresário Alan Malouf e do ex-secretário de Educação Permínio Pinto, ambos envolvidos no esquema de fraude em contratos da Seduc para beneficiar empreiteiras em troca de propina para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2014.
Tanto Malouf quanto Permínio Pinto afirmam em suas delações que Pedro Taques tinha total conhecimento do esquema. O ex-secretário de Educação teria, ainda, entregue mensagens de WhatsApp aos investigadores, em que o governador aparece pedindo para que ele facilitasse licitações, com o objetivo de beneficiar os seus credores.
Conforme as declarações de Permínio, Alan Malouf e o ex-chefe da Casa Civil e primo do governador, Paulo Taques, seriam responsáveis para que juntos com os demais secretários "encontrassem uma forma de captar recursos para quitar dívidas de campanha deixadas para trás".
O governador nega todas as acusações. “Cada um vai responder pelos seus atos. Nós temos que dar a essas pessoas o direito constitucional à defesa. Eu quero falar com o cidadão que me conhece, quero falar a ele que a nossa administração nesses três anos e meio passou por muitas dificuldades. Mas nós superamos todas essas dificuldades. Todas as medidas foram tomadas e estão na Justiça. Eu não posso ser responsabilizado por atos que eu não pratiquei”.
Grampolândia
No dia 28 de julho, em uma sessão que se arrastou por mais de onze horas perante à 11ª Vara Militar, o cabo Gerson afirmou que o interesse da barriga de aluguel (artimanha usada para garantir as escutas mediante a falsidade ideológica de informações) seria do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que é primo do governador do Estado.
Em seu pedido, o advogado do cabo Gerson, Neymam Augusto Monteiro, justificou que “devido à fadiga que tomou conta do acusado em face do longo tempo pelo qual foi perquirido pelo Conselho de Justiça, restaram alguns pontos que necessitam ser esclarecidos, o que demanda designação de novo interrogatório”.
A nova inquirição foi agendada em atendimento à solicitação do militar que prometeu revelações 'bombásticas' quanto ao envolvimento de autoridades no esquema de 'grampos' em Mato Grosso. Dessa vez, ele afirmou que recebeu proposta financeira de Paulo Taques para 'blindar' o suposto mentor do esquema, Pedro Taques. Acusou também o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de forjar informações para dar subsídios a busca de dados e interceptações.