A juíza aposentada Selma Arruda (PSL) rompeu com a coligação "Segue em Frente Mato Grosso" e declarou independência na disputa por uma das duas vagas ao Senado. Após causar uma série de constrangimentos internos no grupo, a magistrada declarou que se sentiu boicotada pelo PSDB, que tem Pedro Taques candidato á reeleição e Nilson Leitão na disputa pela outra vaga à senatória.
O anúncio foi feito durante coletiva na tarde desta sexta (31). Além da questão da briga pelo tempo de programa no rádio e TV, a candidata citou as delações do empresário Alan Malouf e do ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, que teriam apresentado provas do envolvimento de Taques e Leitão em esquemas de fraude em licitações no Estado, para o pagamento de dívidas de campanha não declaradas em 2014. “Fico desconfortável com pessoas que estão envolvidas nisso”
Na coletiva, Selma afirmou que seu único compromisso firmado é com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Sustenta que tomou a decisão por conta de “boicotes e rasteiras" por parte de Leitão, que teria lhe "aleijado" e chegado a tentar encorajar candidatura ao Senado de outra coligação, para diminuir as possibilidades eleitorais da novata na política.
Na prática, Selma, por conta da falta de representatividade do PSL no Congresso, não teria direito a nem um segundo de programa. No entanto, a juíza aposentada garantiu que havia um acordo com o PSDB de que o 1 minuto e 39 segundos no rádio e na TV seria dividido de forma igualitária. No entanto, a candidata ficou apenas com 32 segundos (7 segundos da coligação e 25 segundos do tempo somado pelas demais siglas da coligação).