O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat) entregou ao candidato ao Governo do Estado Mauro Mendes (DEM) uma carta com os anseios do setor para a próxima gestãoestadual . O documento foi entregue pelo presidente da entidade, Eleus Vieira Amorim, durante uma reunião, realizada na noite dessa quarta-feira (29/08), com empresários, o candidato Mauro Mendes e outros membros da coligação.
Amorim destacou a importância do segmento do transporte rodoviário de cargas para a economia de Mato Grosso e do país. “Hoje somos três mil e seiscentas empresas, gerando 35 mil empregos diretos, além de movimentar toda a cadeia desde a venda de um caminhão, a sua manutenção, o seu combustível”, informou Amorim.
Uma das principais demandas do Sindmat juntamente com o Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso) é a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da venda do óleo diesel destinado à produção agrícola e industrial. Hoje o imposto pago em Mato Grosso é de 17% enquanto em estados vizinhos como Mato Grosso do Sul a alíquota é de 12%.
De acordo com Aldo Locatelli, presidente do Sindipetróleo e diretor do Sindmat, essa alta carga tributária é a grande responsável pela
sonegação fiscal de combustível em Mato Grosso. “Nosso ICMS de óleo diesel é um roubo, um assalto a mão armada. Isso ocasiona a fuga dos caminhoneiros para estados vizinhos. Um exemplo ocorre com as frotas que operam no terminal da Ferronorte em Alto Araguaia (MT) eabastecem em Santa Rita do Araguaia, em Goiás, onde a alíquota é menor”, conta Locatelli.
sonegação fiscal de combustível em Mato Grosso. “Nosso ICMS de óleo diesel é um roubo, um assalto a mão armada. Isso ocasiona a fuga dos caminhoneiros para estados vizinhos. Um exemplo ocorre com as frotas que operam no terminal da Ferronorte em Alto Araguaia (MT) eabastecem em Santa Rita do Araguaia, em Goiás, onde a alíquota é menor”, conta Locatelli.
Outra prática que, mesmo proibida, contribui para aumentar as perdas na economia é o uso de tanques suplementares. Segundo os sindicalistas, além de ocasionar essas práticas ilegais, a carga tributária excessiva também gera perda de competitividade dos transportadores de Mato Grosso.
O setor garante que se a carga for reduzida para 12% como é em Mato Grosso do Sul, não haverá perdas na arrecadação do Estado. “Isso porque o com a carga mais baixa não haverá motivos para a fuga para abastecer em estados vizinhos. Essa redução vai inclusive aumentar a arrecadação, gerar competitividade e consequentemente mais empregos”, informa o presidente do Sindmat.
Mauro Mendes afirmou que se a redução do imposto realmente gerar aumento de volume de venda em Mato Grosso e resolver os problemas, sem gerar perda de arrecadação no Estado, irá atender ao pedido do setor, caso seja eleito. “Tendo comprovado com a ajuda de vocês que a conta é essa mesmo, podem ter a certeza de que eu tenho coragem para abaixar de 17% para 12% essa alíquota”.
A carta entregue ao candidato conta com mais outros seis pedidos, entre eles uma cadeira para participar do conselho de administração do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que o crime de furto e roubo de cargas seja atribuição de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a criação de uma comissão para receber sugestões dos transportadores rodoviários de cargas, entre outras.