Vereadores repudiam MTU e alertam que tarifa tem irregularidades


Glaucia Colognesi

Fotos: Otmar de Oliveira
Fotos: Otmar de Oliveira -- Vereadores Dilemário Alencar e Allan Kardec rebateram ameaça da MTU
Vereadores Dilemário Alencar e Allan Kardec rebateram ameaça da MTU
   Os vereadores por Cuiabá Dilemário Alencar (PTB), Allan Kardec (PT) e Renivaldo Nascimento (PDT) repudiaram, na manhã desta terça (2), a declaração do presidente da Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta. O porta-voz dos empresários afirmou em entrevista coletiva que se o prefeito Mauro Mendes (PSB) sancionar o pacote de 5 projetos do transporte coletivo aprovado na Câmara, na semana passada, haverá aumento da tarifa de R$ 2,85 para R$ 3,41.
  Kardec e Dilemário mostraram várias irregularidades na planilha do cálculo tarifário que embasou o aumento da passagem, em dezembro de 2012, de R$ 2,75 para R$ 2,95. Dentre as falhas está a inclusão do custo com salários e benefícios trabalhistas concedidos a cobradores, que desde agosto de 2012 não existem mais no transporte coletivo da Capital. Dentre os auxílios estão uniforme, café da manhã, cesta básica e vale-gás.
  Da tribuna, Dilemário desafiou os empresários a abrirem as planilhas de custo e de lucro de suas empresas. Ele quer que as planilhas sejam analisadas pela Comissão de Direito do Consumidor da OAB e Sindicato dos Contabilistas com acompanhamento do Ministério Público. O petebista também desafiou o prefeito a sancionar os projetos e “ficar do lado do povo”.
  A resistência maior dos empresários é quanto à volta dos cobradores. Segundo Dilemário, se não voltarem os cobradores a passagem tem que ser baixada para R$ 2,50, isso porque, com o acúmulo de função dos motoristas que além de dirigir também cobram o bilhete, as empresas passaram a ter uma economia de R$ 8,4 milhões por ano.
   Allan afirmou que “o calculo tarifário é um escândalo nacional. Porque a equipe de transição do prefeito já sabia que não existiam mais de 300 cobradores, mas lá na planilha constavam salários dos cobradores. “Isso é uma vergonha nacional. Nós estamos aqui para corrigir os erros do Executivo”, enfatizou. O petista explicou ainda que a Câmara de Cuiabá deve pedir ao governador para desonerar o imposto do óleo diesel, o ISSQN, e o IPVA das empresas do transporte coletivo para tentar congelar o preço da passagem pelo menos para os próximos dois anos.
  Além da volta dos cobradores, os projetos aprovados na semana também ampliam o passe livre aos estudantes de pós-graduação, liberam o pagamento da passagem em dinheiro, acabam com a restrição do horário ao passe livre. Por fim, ampliam o tempo de integração de 1h15 para 2h30.
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