Simpósio alerta famílias para prevenção contra pedofilia


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Simpósio alerta famílias para prevenção contra pedofilia
Um simpósio reuniu nesta quarta-feira (10) professores, assistentes sociais, servidores municipais, gestores públicos e representantes da comunidade para discutir pedofilia e exploração sexual de crianças na internet. Promovido pelas secretarias municipais de Relações Institucionais e de Defesa Social, o encontro visou aproximar representantes de diferentes áreas que podem contribuir para a proteção das crianças contas esses crimes.
“A internet pode ajudar e ferir”, disse a secretária municipal de Educação Roberlayne Roballo, que foi uma das participantes do simpósio. Ela explicou que já existem várias ações de informação e conscientização destinadas aos 18 mil profissionais da Educação e aos 141 mil estudantes da rede municipal de ensino. “Nosso foco tem sido os sete mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que estão na adolescência e precisam ser conscientizados por meio de atividades diferenciadas que os levem a pensar e refletir de forma diferenciada”, afirmou.
Ubiratã Silva, presidente da Rede Cristã de Agentes em Proteção e Prevenção às Drogas (Reage), explicou que o trabalho da entidade se baseia na troca de experiências entre gestores públicos e a sociedade civil organizada para a discussão e reflexão sobre a importância do papel das políticas públicas sobre drogas. “Precisamos nos unir, pois hoje drogas são vendidas até pela internet, facilitando o acesso do usuário, que nem precisa sair de casa”, disse ele.
O diretor de Política Pública sobre Drogas da Secretaria Municipal de Defesa Social, Diogo Busse, enfatizou a importância da co-responsabilidade de cada um na prevenção, tratamento e ressocialização de usuários de drogas. “Vamos reunir 22 mil famílias no programa Mães Contra o Crack, com a formação de multiplicadores, promoção de campanhas em todas as regionais da cidade e ações de prevenção contra as drogas”, explicou.
A subtenente da Polícia Militar Tânia Guerreiro, considerada uma das maiores especialistas do País em prevenção do abuso sexual contra crianças, falou sobre a pedofilia que, segundo ela, é o crime mais organizado do mundo. “Meu maior conselho é a vigilância eterna. Os pais precisam ter a consciência de que 87% dos abusos ocorrem dentro de casa. Um índice muito alto e assustador, principalmente se forem levado em conta que 67% dos abusadores são padrastos e 20% são pais”, disse ela, acrescentando que babás, pais, tios, tias e padrinhos compõem a relação de abusadores.
Tânia disse que abuso sexual contra crianças e adolescentes deve ser denunciado no Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente (Nucria), localizado na Rua Hermes Fontes, 315, telefone 3244-3577. Denúncias também podem ser feitas, pelos telefones 181 (Polícia Militar do Paraná) ou 100 (Direitos Humanos).
Também os Conselhos Tutelares, delegacias de Polícia Civil e a Polícia Militar recebem denúncias. “Quando há uma comunicação podemos agir com rapidez”, afirmou Tânia.