Os integrantes da CPI da Exploração Sexual de Criança e Adolescentes da Câmara dos Deputados foram hoje, segunda-feira (08), a Coari, disposta de acabar de uma vez por todas com o reinado de impunidade do prefeito Adail Pinheiro.
Mas antes de seguirem para Coari, a deputada federal Erika Kokai (PT-DF), presidente da CPI, e a deputada Liliam Sá (PSD-RJ), relatora, tomaram o depoimento do superintendente da Polícia Federal do Amazonas (PF-AM), delegado Sérgio Fontes, como testemunha.
Após tomarem o depoimento de Sérgio Fontes, as integrantes seguiram para Coari escoltados por agentes da Polícia Federal.
A escolta, segundo Sérgio Fontes, tinha motivo. Segundo ele, os integrantes da CPI iriam bater de frente com hostilidade comandada por Adail que teriam decretado ponto facultativo nesta segunda-feira em Coari só para que seus partidários fosse receber com hostilidade os integrantes da CPI.
Erika Kokay e Liliam Sá disseram não existir a mínimna possibilidade da CPI não tomar o depoimento do prefeito apesar de terem sido informadas só nesta segunda-feira (8) que o prefeito teria adoecido e se internado.
As deputadas entenderam o fato como artimanha, mas adiantaram que se Adail não for ouvido em Coari agora, o mesmo será convocado e será ouvido posteriormente em Brasília. “Se for necessário ele será conduzido à força, mas que ele vai depor ele vai”, disse Erika Kokay.
“Não é possível que com tantas provas encontradas e com essas novas denúncias de pedofilia, esse prefeito continue impune. Nós viemos para isso. Para ouvi-lo e para acabarmos de vez com esse reinado de impunidade dele”, disse a presidente da CPI, deputada Erika Koay.
Os integrantes da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados vão permanecer durante dois dias em Coari com a finalidade de averiguar as denúncias de pedofilia contra Adail Pinheiro. Segundo investigações da Polícia Federal, Adail chefiou uma rede de exploração sexual de menores. A diligência e as oitivas desta semana são fruto de uma série de requerimentos de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), presidenta da CPI.
Além de Adail, deverão ser ouvidos o secretário de Administração do município, Adriano Salam, e o delegado de Polícia Civil de Coari, Osvaldo Figueiredo Maia, também acusados de envolvimento com o esquema. A CPI também colherá depoimentos de diversas vítimas de abuso sexual.
A novidade, segundo a deputada Erika Kokay, são os novos depoimentos colhidos em maio do ano passado pela mãe e por uma adolescente de 12 anos que denunciou Adail por abuso sexual.
“Diante das inúmeras provas produzidas pela CPI e pela Polícia Federal é provável que vamos indicar o prefeito pelo crime de exploração sexual”, disse a relatora Liliam Sá.
A CPI já recebeu o inquérito da Operação Vorax, da Polícia Federal, protegido por segredo de justiça. Além de Adail e de seus assessores, a PF também realizou gravações de seis magistrados do Amazonas, entre juízes e desembargadores.
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