MTU alega que se projetos forem sancionados, tarifa em Cuiabá deve subir.
Mendes disse que reajuste cabe à Prefeitura e não às concessionárias.
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, afirmou na manhã dessa terça-feira (2) que a tarifa do transporte coletivo não deve sofrer reajuste na capital, ainda que os projetos referentes ao transporte público sejam sancionados. Segundo ele, a base para análise e possível sanção dos projetos é que a população não sofra com nenhum repasse. Mauro afirmou também que a decisão sobre o aumento cabe à prefeitura e não às empresas concessionárias.
Do outro lado, a Associação Mato-grossense de Transportadores Urbanos de Mato Grosso (MTU) informou em coletiva nessa segunda-feira (1º) que, se os projetos que foram aprovados pelos vereadores em uma sessão na Câmara na última quinta-feira forem sancionados pelo prefeito da capital, a tarifa de ônibus pode sofrer um reajuste, passando a ser a mais cara do país.
Esses projetos devem ser encaminhados ao Executivo nos próximos dias. Entre eles, os que podem acarretar no aumento da tarifa são a volta dos cobradores para 100% das linhas e a ampliação da gratuidade para alunos de pós-graduação.
Segundo a associação, o valor praticado já está abaixo do ideal. "Nossa posição é contra o retorno do cobrador e isso vai onerar e muito o custo do sistema e pode levar a uma pressão para um aumento tarifário muito grande. Num cálculo atualizado da planinha está dando hoje em torno de R$ 3,01 e, se voltar 100% dos cobradores, ela vai a R$ 3,41”, afirmou o presidente da MTU, Ricardo Caixeta.
A Prefeitura de Cuiabá informou que fará um estudo jurídico financeiro nos projetos aprovados pela Câmara e, a partir do recebimento dos projetos, o prefeito tem 15 dias para sancioná-los ou vetá-los. No entanto, a Câmara ainda não enviou os projetos para o Executivo.
O presidente da Câmara, João Emanuel (PSD), disse que vai pedir explicações ao órgão responsável pelo cálculo da tarifa. "Nós queremos saber onde que vai apertar, se é necessário ter esse aumento que está sendo dito”, pontuou.
Já o estudante Cauibi Kuhn disse que não há motivo para o aumento da tarifa. "Agora as empresas de ônibus falam em aumentar a passagem com a volta dos cobradores, mas a população continuou pagando a mesma tarifa, e teve um aumento esse ano, mesmo quando foram retirados os cobradores. Nós acreditamos que a tarifa tem que ser revista, mas para baixo”, argumentou.
Matérias Relacionadas
- Criminosos colocam fogo em ônibus em Contagem, e motorista fica ferido
- Suspeito de envolvimento com tráfico, delegado deixa prisão em Cuiabá
- Conta de consumidor residencial da Eletropaulo terá reajuste de 0,28%
- Cuiabá tem a quarta maior tarifa do transporte coletivo do país
- Senado conclui aprovação de projeto para reduzir tarifas de transporte