Pedido de defesa pode adiar julgamento de Marcos Colli, suspeito de pedofilia, em Londrina



A promotora Suzana de Lacerda Feitosa explicou nesta quinta-feira (4) que ainda não havia data agendada para o início do julgamento. Com o pedido de junção, feito pelo advogado Mateus Vergara, ela acredita que o processo terá andamento prejudicado.
Para ela, a medida proposta pela defesa de Colli é inviável. "Isso não existe. Os processos estão em fases diferentes. Cada fato foi concluído em determinado momento. Não faz sentido isso", comentou.
Marcos Colli foi preso no dia 20 de maio pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina. Desde então, o Ministério Público ofereceu três denúncias no caso pelos crimes de estupro de vulnerável e de filmagem e registros fotográficos de crianças em cena de sexo explícito.
A promotora ressaltou que diversos pontos da investigação foram descobertos durante as diligências e que isso seria mais um dos fatores que justificaria o andamento das denúncias separadas. Outro fator que teria motivado o pedido de juntada das denúncias teria sido evitar que Colli seja encaminhado para uma cela comum.
"Enquanto não tiver uma decisão com trânsito julgado, ou seja, decisão condenatória em que não couber recurso, ele continua em cela de Estado maior", comentou a promotora. Por ter curso superior, o suspeito é mantido preso em uma sala do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM) de Londrina.
O Gaeco também investiga outros dois fatos paralelos, a posse de um revólver calibre 38 e munições e também possível relação dele com o desaparecimento de uma jovem, em 2010.
Acompanhamento
A promotora Suzana Lacerda contou que parte das crianças que teriam sido abusadas passam por acompanhamento psicológico. Duas delas, uma de 9 e outra de 11 anos teriam apontado a necessidade. Outras, no entanto, não teriam se submetido ao tratamento.
"Quando é criança a gente faz com que os pais levem para o acompanhamento. Mas se o adolescente não quiser se submeter ele não o faz", contou.
Ela comentou que os efeitos de um abuso sexual são refletidos de forma diferente em cada pessoa. "Cada ser humano é único". As denúncias apontam que os crimes ocorreram com crianças de até 12 anos. O caso corre em segredo de Justiça.