Nova redução da passagem do transporte coletivo em Cuiabá depende da Prefeitura – afirma MTU





Uma nova redução do valor da passagem do transporte coletivo na Capital, como vem defendendo os movimentos sociais que exigem também o fim da corrupção no Brasil e mais investimentos em educação, saúde e habitação, depende exclusivamente da Prefeitura de Cuiabá. Foi o que deixou bem claro o presidente da Associação Mato-grossense de Transportadores Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta, durante entrevista concedida na tarde desta segunda-feira, 1. Hoje, caso o prefeito sancione os projetos aprovados pela Câmara, a tarifa vai a limites estratosféricos: R$ 3,41.
 
Para “sintonizar” aos anseios das ruas, os legisladores de Cuiabá, segundo o dirigente da entidade que congrega as empresas de transportes coletivos, podem ter chegado  às raias da irresponsabilidade. Nas ultimas  semanas, a Câmara aprovou a volta dos cobradores, que garante o retorno do  pagamento da tarifa por moeda corrente. Os vereadores também aprovaram o aumento do tempo de integração para duas horas e meia, passe-livre irrestrito aos estudantes, passe-livre aos estudantes de pós-graduação e cursos profissionalizantes. 
 
Ricardo Caixeta deixou claro que as leis aprovadas “a toque de caixa” vão causar prejuízos ao trabalhador. Segundo ele, as medidas adotadas foram politicas. Os vereadores abandonaram o aspecto científico-econômico no momento de legislar. Ele foi taxativo ao condenar os excessos de gratuidade  aprovados na Câmara. 
 
As criticas do dirigente empresarial trouxeram no bojo denuncias preocupantes e que exigem apuração. Ele mencionou que liberação do horário para o posse livre aumenta as possibilidade de irregularidades. Ele lembrou que ao restringir os horários houve uma queda de 15% na utilização dos passes. “Isso prova que ao invés de  irem para escola, eles utilizavam o cartão para outros fins” – disse. 
 
Pela  planilha de custos atual, os passes deveriam custar R$ 3,01. Se , os estudantes pagassem passagem completa, o valor reduziria para R$ 2,73.  A Prefeitura de Cuiabá custeia 50% do valor, sendo que os outros 50% estão embutidos na planilha de custos que determina o valor final da passagem. São 14,6% dos usuários de transporte público que utilizam o passe livre, o que representa um universo 53 mil alunos. “Quanto mais estudante, tarifa mais cara. A conta é simples” – disse. 
 
 
Sobre a volta dos cobradores aos ônibus, conforme decreto legislativo aprovado semana passada pelos vereadores de Cuiabá, esclareceu Caixeta que vai depender também do prefeito Mauro Mendes sancioná-lo ou não. As empresas que operam no transporte coletivo em Cuiabá – conforme esclareceu Caixeta – não têm condições de bancar os custos, incluindo os encargos sociais, dos cerca de 600 cobradores que foram demitidos, com o fim da circulação de dinheiro no transporte coletivo, para se evitar principalmente os frequentes assaltos que expunham os passageiros a riscos 



Fonte: A NotíciaMT