"Mãe, ele vai matar eu", gritou criança boliviana antes do assassinato
Garoto estava no colo da mãe quando foi baleado na cabeça por um dos criminosos
Mais um crime chocou o País. Um menino boliviano de cinco anos levou um tiro na cabeça no colo da mãe após criminosos invadirem a casa da família e levarem todo o dinheiro. O pedido de misericórdia foi a última frase dita por Brayan Yanarico Capcha. O menino gritou “mãe, ele vai matar eu”.
Depois o garoto ainda teria dito: “Não, não, não me mata!”. A mãe do menino, Veronica Capcha, contou que o menino estava muito assustado.
— Meu filho dizia, não me solte, me disse, não quero morrer. A minha mãe não pode matar. Não vou gritar... Eu estava segurando meu filho e ele disparou. Depois saíram.
Antes de ser baleado na cabeça, o garoto deumoedas que tinha economizado para os assaltantes, segundo Patrícia Vega, advogada chamada pelo Consulado da Bolívia para assessorar a família do menino.
O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (28), quando a família boliviana chegou de carro. Seis criminosos invadiram a casa, as dez pessoas que moravam no local foram colocadas em um mesmo quarto.
Os ladrões pegaram R$ 4.000, mas exigiam mais. Irritados com a falta de mais dinheiro e impacientes com os gritos do garoto, eles tiveram uma reação inesperada e revoltante e deram um tiro na cabeça da criança.
Os pais do garoto trocaram a terra natal pela esperança de trabalho e de uma vida melhor no Brasil, onde vivem legalmente há seis meses. O pai de Brayan, Edberto Yanarico, não quer mais viver no País e diz que está arrependido de ter mudado. Eles moravam e trabalhavam como costureiros no mesmo imóvel onde aconteceu o crime.
O garoto faria seis anos no próximo sábado. O corpo do menino será levado nesta segunda-feira (1°) para a Bolívia, onde será sepultado. Brayan era filho único do casal.
Neste domingo (30), um menor de idade foi apreendido, suspeito de ter participado do latrocínio — roubo seguido de morte — que terminou com a morte do garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, de cinco anos. O menor foi apreendido em São Mateus, zona leste da capital paulista, mesma região da residência da família onde aconteceu o roubo. Mais dois outros jovens, um de 18 anos e outro de 19, estão detidos por participação no crime.
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