Jackson mantinha alarmes para não ser pego em abusos, acusa coreógrafo

Do UOL, em São Paulo


A trajetória de Michael Jackson53 fotos

16 / 53
Michael Jackson comemora seu aniversário de 45 anos no Orpheum Theater em Los Angeles. A festa foi organizada por fãs do cantor e contou com cerca de 2 mil pessoas de mais de 30 países (29/8/03) Brainpix
Wade Robson, coreógrafo que acusa Michael Jackson de abuso sexual infantil, revelou que o cantor teria táticas especiais para evitar ser flagrado enquanto cometia o crime. A informação é do tabloide The Sun.
Em papeis do processo movido por Robson contra o espólio de Jackson, o homem alega que o artista mantinha um alarme em seu quarto. O objeto era acionado por um sensor de movimentos que captava caso alguém se aproximasse a nove metros do quarto.
Uma fonte próxima ao coreógrafo confirmou a história, contando que um dos alarmes era um relógio antigo: "O relógio estava ligado a um sensor de movimento. Jackson também trancava as portas".
Um ex-funcionário do rancho Neverland, na Califórnia, onde os abusos teriam ocorrido, afirmou que Jackson costumava se trancar no quarto por dias, com portas e janelas totalmente fechadas. Ele ainda colocava uma placa de "não perturbe", de acordo com a declaração.
Ainda segundo o tabloide, os advogados de Robson estariam prestes a entregar ao FBI um arquivo que prova que Jackson pagou cerca de US$ 35 milhões pelo silêncio de 24 vítimas de abuso.
Entenda o caso
Wade Robson, hoje com 30 anos, alega ter sido abusado por Michael dos 7 aos 14. No início de maio ele entrou com uma ação contra o espólio do cantor , morto em junho de 2009 por uma dose letal do anestésico cirúrgico propofol.
Robson, da Austrália, era um menino prodígio na dança e desenvolveu uma amizade com Jackson. Ele aparece em alguns dos videoclipes do cantor no início dos anos 1990 e dormia na casa do astro, o Jackson Neverland Ranch, no sul da Califórnia.
Jackson foi julgado e absolvido em 2005 da acusação de abuso sexual envolvendo outro menor. Robson testemunhou nesse julgamento em defesa do cantor e também o defendeu durante uma investigação criminal sobre alegações de abuso sexual infantil em 1993.