Glaucia Colognesi


O advogado Roger Fernandes que defende Magda Curvo, considerada pelo delegado Rogério Modeli como chefe do esquema de desvio da conta única do Estado, considerou que as prisões da Operação Vespeiro estão acontecendo de forma irregular, por isso, vai tentar reverter nas próximas horas. O mesmo argumento foi utilizado pelo advogado José Petan Toledo Pizza que defende outros 4 acusados de provocar rombo de R$ 12,9 milhões ao erário. Magda está foragida, mas a polícia já prendeu a ex-secretária adjunta do Tesouro Estadual, Avaneth Almeida Neves.

Ainda conforme Roger, ele impetrou vários documentos pedindo que fosse marcado dia e hora para a realização dos depoimentos, mas não obteve resposta do juiz responsável pela decretação das prisões, José de Arimateia, titular da Vara Especializada de Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública da Comarca de Cuiabá.

O jurista foi um dos advogados que estiveram na Polinter nesta quinta (3) para buscar informações sobre a operação. Magda é apontada pela investigação como a chefe da quadrilha. Ela é ex-coordenadora de controle da conta única e agente da instrumental, tendo autorizado o pagamento ilegal aos funcionários laranjas.

O movimento de advogados e jornalistas na manhã desta quinta na Polinter foi grande. Muitos também também deram plantão na sede da Delegacia Fazendária, mas nenhum delegado que atua na operação ou policial se propôs a passar informações.

Investigações

Na operação Vespeiro, desencadeada nesta quinta, foram mobilizados 146 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães. O rombo de R$ 12,9 milhões na Conta Única foi identificado pela Auditoria Geral. As investigações da Polícia Civil foram iniciadas em fevereiro de 2011, após pedido pedido do Ministério Público Estadual. Ao provocar a apuração policial, o MP relatava que uma servidora da Sefaz tinha patrimônio incompatível com seus rendimentos.

Depois, a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil encaminhou documento confidencial, com informações de uma pessoa identificada por Tânia Regina Lopes (foragida), que recebia créditos em sua conta corrente, sem vínculo algum com o Estado. “A partir daí a investigação tomou rumo e a Auditoria Geral do Estado entrou para quantificar valores, fez levantamento de quantos credores existiam”, contou o delegado Modeli.

No levantamento foram identificadas 32 pessoas que estavam recebendo recursos públicos sem nenhuma relação com o Estado, referente ao período de 2010 a 2011. No entanto, a Auditoria verificou que a fraude ocorria desde 2007. “Encontrou várias pendências de pagamentos não feitos à conciliação. Tudo que é pago tem que conciliar na contabilidade e isso ia gerando pendências”, explicou a delegada Cleibe Aparecida de Paula.

Estão presos...
Avaneth Almeida das Neves - ex-secretária adjunta do Tesouro Estadual
Antonio Ricardino Martins
Joanice Batista do Espírito Santo
Paulino Silva Cunha
Marcia da Silva Santos
Miralva Alves dos Santos
Aurizete Juvencio dos Santos
Jamerson de Araujo Kestring
Jonyelsen Rufino de Menezes - marido de Kelly
Kelly da Silva Trindade
Lucy Marcia do Amaral Leque
Manoel Joaquim da Conceição - caseiro de Kelly e Jonyelsen
Vandercarlos Bonfim
Antonio Oliveira Moraes
Foragidos
Gustavo Ferreira Gomes
Magda Mara Curvo - apontada como chefe do esquema
Nagafe de Oliveira Martim
Edson Rodrigo Ferreira Gomes
Agnelo Mariano Filho
Girlayne Oliveira Nascimento Ota
Vânia Teresinha Coelho
Tânia Lopes
Luca Luzardo - ligado a Glaucyo
Antônio de Oliveira Moraes
Silvan Curvo - irmã de de Magda
Thaís Gonçalves Mariano
Vicente Ferreira Gomes
Carlota Gonçalves Mariano
Glaucyo Fabian Oliveira Nascimento Ota - digitador subordinado à Magda
Helder Luzardo

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